Cisto folicular luteinizado gigante da gestação
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2022.193327Palavras-chave:
Cisto folicular, Cisto ovariano, GravidezResumo
Os cistos funcionais geralmente não causam sintomas ou requerem intervenção cirúrgica. Relatamos o caso de uma primigesta de 17 anos, idade gestacional de 10 semanas e 2 dias, e ultrassonografia mostrando cisto anecoico em região parauterina direita sem septos, com maior diâmetro de 13,5cm, volume 632ml e Doppler sem vascularização periférica. A paciente permaneceu oligossintomática durante a gestação. Com 37 semanas e 6 dias, a gestação foi interrompida, quando o cisto apresentava 2.600 ml pela ultrassonografia. A extração fetal foi realizada por cesariana, e um grande cisto anexial visualizado à direita foi removido. A análise histopatológica da peça cirúrgica revelou lesão cística revestida por células luteinizadas com núcleos discretamente hipercromáticos e levemente pleomórficos, com estroma fibroso subjacente com células luteinizadas esparsas, caracterizando cisto folicular luteinizado gigante da gravidez. A prevalência de massas ovarianas na gravidez é rara, geralmente não ultrapassam o diâmetro de 5 cm, e desaparecem espontaneamente no segundo trimestre. A paciente do relato de caso apresentou cisto de 632 ml, aumentando de volume para 2600 ml no momento do parto. O diagnóstico pré-operatório definitivo de massas ovarianas ainda é difícil, e os critérios preditivos de malignidade incluem o uso de marcadores tumorais, ultrassonografia e Doppler. A associação desses testes deve orientar o clínico para definir o melhor momento para a intervenção cirúrgica.
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