Comparação dos parâmetros respiratórios de crianças cantoras e não cantoras de coral
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2022.195372Palavras-chave:
Canto, Fisioterapia, Criança, EspirometriaResumo
Introdução: intervenções musicais, como canto coral, têm caráter artístico e são capazes de promover benefícios psicológicos e fisiológicos. Não há estudos na literatura sobre a repercussão do canto coral em parâmetros do sistema respiratório de escolares cantores, em comparação aos não cantores. Objetivo: comparar parâmetros do sistema respiratório entre crianças e adolescentes cantores de coral e não cantores. Método: estudo observacional transversal quantitativo incluiu escolares de 7 a 14 anos, constituindo o grupo intervenção alunos de canto coral (GCC) pareados com escolares não cantores (GNC) como controles. Realizou-se avaliação antropométrica, seguida de espirometria e manovacuometria, segundo recomendações da American Thoracic Society. Para comparação entre os grupos considerou-se os valores espirométricos absolutos e valores preditos, assim como para força de musculatura respiratória. Aplicou-se teste de Shapiro-Wilk e conduziu-se os testes U de Mann-Witney e Teste-T independente, com nível de significância de 5%. Resultados: participaram 40 crianças (95% meninas), 20 em cada grupo, com idade média de 11,25±1,80 anos no GNC e 11,20±1,64 anos no GCC. Volume expiratório forçado no primeiro segundo em porcentagem do predito (VEF1%) se apresentou maior no GNC (98,58±12,62%), em comparação ao GCC (87,10±8,84%) (p=0,001), por sua vez, GCC apresentou maior valor absoluto de pico de fluxo expiratório (PFE) (GNC:4,21±0,99l/s x GCC: 4,95±1,29l/s; p=0,048). Conclusão: os escolares cantores de canto coral não apresentaram melhores parâmetros de função pulmonar e FMR, em comparação aos não cantores.
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