Uso de dexmedetomidina no manejo da ventilação mecânica não invasiva em pacientes pediátricos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.198444Palavras-chave:
Dexmedetomidina, Ventilação não invasiva, Criança, Unidade de terapia intensiva pediátricaResumo
Introdução: A ventilação não invasiva é amplamente utilizada em pacientes pediátricos por ser eficaz no tratamento da insuficiência respiratória; entretanto, há uma alta taxa de falha devido à inquietação dos pacientes. Diante disso, a dexmedetomidina tem sido empregada como agente sedativo principal ou durante o período peri-extubação. Objetivo: Realizar uma revisão de escopo de estudos observacionais em pacientes pediátricos (0 a 18 anos) submetidos à ventilação mecânica não invasiva com o uso de dexmedetomidina. Métodos: Foram levantados artigos publicados nas bases de dados PubMed/MedLine, EBSCO, EMBASE, Scielo, SCOPUS, Cochrane Library, Google Acadêmico, ScienceDirect e em revistas disponibilizadas no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Não houve limitação quanto ao período ou ano de publicação, a fim de analisar criticamente os principais elementos relacionados à interação entre a dexmedetomidina, a população pediátrica e o uso de ventilação mecânica não invasiva. Resultados: O uso de dexmedetomidina em pacientes pediátricos submetidos à ventilação não invasiva foi considerado positivo após a extubação, por não causar depressão do sistema ventilatório e por demonstrar eficácia significativa em pacientes que apresentaram agitação durante a ventilação não invasiva. No entanto, seu uso durante a ventilação não invasiva foi associado a efeitos adversos hemodinâmicos, como bradicardia e hipertensão, além de sinais de abstinência relatados após a retirada da droga. Conclusão: Os resultados dos estudos observacionais indicaram que a dexmedetomidina teve um impacto positivo em pacientes pediátricos submetidos à ventilação não invasiva após a extubação, embora possam ocorrer efeitos adversos, como bradicardia e hipertensão.
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