Prevalência e fatores relacionados às reações adversas no tratamento da acne com isotretinoína
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.209603Palavras-chave:
Acne vulgar, Efeitos colaterais e reações adversas relacionados a medicamentos, Gestão da segurança, Tratamento farmacológicoResumo
Objetivo: Estimar a prevalência de reações adversas com a utilização do fármaco isotretinoína em pacientes submetidos ao tratamento de acne e as características relacionadas ao desfecho. Métodos: Estudo observacional do tipo transversal analítico com dados secundários obtidos por meio da análise de 120 prontuários de pacientes com acne submetidos ao tratamento com isotretinoína oral, no período de 2010 a 2019. Resultados: A média de idade foi de 21,3 anos, com distribuição similar em relação ao sexo. A prevalência de reações adversas foi de 83%, com média de 2,3 reações/paciente. A prevalência de algum tipo de reação adversa ao uso da isotretinoína foi de 82,5%. Constatou-se correlação positiva entre o número de reações adversas e o tempo de tratamento (p<0,0001; r=0,51). O tempo de tratamento foi relacionado ao surgimento de reações adversas, independentemente do sexo, idade, dose e grau da acne (p=0,001). Xerodermia e ressecamento de mucosas foram as reações adversas mais comuns (78,3%), enquanto a alopecia foi mais comum no sexo feminino, sendo em torno de cinco vezes mais frequente do que no sexo masculino (p=0,03). Conclusão: A prevalência de reações adversas durante o uso da isotretinoína foi alta. A quantidade de reações adversas foi associada apenas ao tempo de tratamento, independentemente do sexo, idade e dosagem de isotretinoína.
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