Tendência e caracteristicas clínico epidemiológicas da tuberculose no nordeste brasileiro (2012 - 2021)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.212984Palavras-chave:
Tuberculose, Epidemiologia, Incidência, Estudos de séries temporaisResumo
Introdução: A tuberculose continua ocupando destaque entre as principais doenças infectocontagiosas pelo mundo e é considerada uma das principais causas de morte. Assim, estudos epidemiológicos que abordem acerca da tuberculose em áreas caracterizada por intensas desigualdades sociais são oportunos para a compreensão de aspectos que necessitam de atenção especial por parte da gestão e dos serviços de saúde. Objetivo: Descrever a tendência da incidência e o perfil clínico-epidemiológico dos casos de tuberculose na região Nordeste do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de séries temporais, realizado na região Nordeste do Brasil. Foram incluídos dados de domínio público referentes aos casos novos de tuberculose notificados junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre janeiro de 2012 e dezembro de 2021. Para determinar a tendência da incidência, foram empregados modelos de regressões de Prais-Winsten, considerando-se a autocorrelação em series temporais. Ademais, foram expressos valores absolutos e relativos das variáveis clínico-epidemiológicas sob investigação. Resultados: Detectou-se uma tendência estável das taxas de incidência na região nordeste e na maioria dos estados, sendo que o Maranhão apresentou tendência crescente e Alagoas decrescente. A maioria dos casos ocorreu em indivíduos do sexo masculino, raça/cor parda, com primeira baciloscopia de escarro positiva, que não realizaram cultura de escarro, baixa escolaridade, baixa renda, zona urbana, com forma clínica pulmonar, sorologia negativa para HIV e com situação de encerramento cura. Conclusão: A tendência estável da incidência, bem como as características clínico-epidemiológicas evidenciadas dos casos de tuberculose destacam a necessidade de implementar medidas efetivas de controle e vigilância da doença, através de intervenções de saúde, desenvolvendo ações direcionadas para a prevenção e controle da doença.
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