El Risco cardiometabólico, estado nutricional e consumo alimentar de usuários de uma Unidade de Saúde da Família em Ribeirão Preto, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2025.215154Palabras clave:
Factores de Riesgo Cardiometabólico, Estados Nutricionales, Consumo de Comida, Unidad de SaludResumen
Introdução: A identificação dos fatores associados ao risco cardiometabólico, que aumenta sobremaneira a probabilidade de problemas cardiovasculares, são de suma importância, especialmente em pessoas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Assim, objetivou-se verificar o perfil dos usuários de uma Unidade de Saúde da Família (USF) que relataram algum tipo de DCNT e a sua relação com o risco cardiovascular. Métodos: O estudo foi conduzido entre os usuários da USF, no município de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, em 2022. Os critérios de elegibilidade foram: idade igual ou superior a 18 anos, apresentar excesso de peso, hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus (tipo 1 ou 2). As gestantes foram excluídas. O nível habitual de atividade física foi mensurado pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) na forma longa. Foram realizadas as medidas da massa corporal (kg), da estatura (m), da circunferência da cintura (cm) e da circunferência do quadril (cm), para posterior cálculo do índice de massa corporal (kg/m²) e da razão cintura quadril (cm). Para a avaliação do risco cardiometabólico foi utilizado o índice de conicidade (IC). O consumo alimentar foi mensurado a partir de um screener de frequência alimentar, validado para população brasileira. Para realizar a representação gráfica dos resultados, realizou-se a análise de correspondência múltipla (HOMALS). As análises foram realizadas no software JAMOVI (v. 2.3). Resultados: A amostra compreendeu 51 adultos de meia idade, predominantemente do sexo feminino. O estado nutricional variou de eutrofia a obesidade grau III, e 78% dos indivíduos foram classificados com muito alto risco cardiometabólico. Por meio da representação gráfica Análise de Correspondência Múltipla, observou-se as relações entre as variáveis de consumo alimentar, estado nutricional e risco cardiometabólico, em que a eutrofia e o consumo de marcadores saudáveis, como frutas, feijão e salada, de 3 a 4 vezes na semana, estavam próximos ao risco cardiometabólico moderado; enquanto que o estado nutricional obesidade e o consumo de bebidas açucaradas, mas também de frutas; saladas; feijão e hortaliças, estavam próximos ao muito alto risco cardiometabólico. Conclusão: A partir dos resultados deste estudo, é possível elaborar estratégias eficazes para a promoção de hábitos saudáveis e a prevenção das DCNTs, servindo de base para a elaboração de políticas públicas e programas de promoção e prevenção que incentivem hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividades físicas, além de promover ambientes leptogênicos. Estas ações podem contribuir na redução dos fatores de risco associados às DCNTs.
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Referencias
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