Reabilitação cardíaca e estilo de vida de cardiopatas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2025.219378Palavras-chave:
Doença crônica, Exercício físico, FisioterapiaResumo
As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. O estilo de vida e seu impacto sobre a saúde cardiovascular é amplamente explorado, e por isso considerado uma ferramenta de intervenção para prevenção e manejo das DCV. Os programas de reabilitação cardíaca, além da atividade física, também envolvem atividades que visam contribuir para melhora do estilo de vida de maneira geral. Assim, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar o efeito da reabilitação cardíaca no estilo de vida de pacientes cardiopatas. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, de intervenção pré e pós teste, no qual participaram da pesquisa 70 (setenta) pacientes com diagnóstico de DCV de um programa de reabilitação cardíaca. Inicialmente foi realizada uma avaliação, em dia e horário previamente agendado, para a aplicação de dois instrumentos de pesquisa com os participantes: um para identificação do perfil sociodemográfico e o Questionário do Estilo de Vida de Adultos com Doenças Cardiovasculares (QAEV-DCV). Após seis meses da primeira avaliação, o QAEV-DCV foi reaplicado. Durante esse período de seis meses, os cardiopatas continuaram participando do programa de reabilitação cardíaca, duas ou três vezes na semana. Observou-se, após seis meses de reabilitação, uma melhora significativa do estilo de vida dos participantes (Antes= 41± 9, Depois= 47±5, p<0,0001), porém sem mudança na classificação (muito bom). Houve uma melhora significativa em quatro dos seis pilares do estilo de vida avaliados, sem mudança apenas no consumo de álcool e tabaco e nos relacionamentos. O programa de reabilitação cardíaca, composto de exercícios físicos supervisionados e ações de promoção à saúde, é uma estratégia eficaz na melhora do estilo de vida de cardiopatas.
Downloads
Referências
Simão AF, Precoma DB, Andrade JP, Correa Filho H, Saraiva JFK, Oliveira GMM, et al. I diretriz brasileira de prevenção cardiovascular. Arq Bras Cardiol, 2013; 101(6.2):1–63.
World Health Organization [internet]. Geneva: c2022 [cited 2022]. Cardiovascular diseases. Available from: https://www.who.int/health-topics/cardiovascular-diseases/.
Massa KH, Duarte YA, Chiavegatto AD Filho. Análise da prevalência de doenças cardiovasculares e fatores associados em idosos, 2000-2010. Ciênc saúde coletiva [internet]. 2019jan;24(1):105–14. Avaible from: https://doi.org/10.1590/1413-81232018241.02072017/.
Organização Pan Americana de Saúde [internet]. Doenças cardiovasculares, c2022 [cited 2022]. Avaible from: https://www.paho.org/pt/topicos/doencas-cardiovasculares/.
Arnett DK, Blumenthal RS, Albert MA, Buroker AB, Goldberger ZD, Hahn EJ, et al. Guideline on the primary prevention of cardiovascular disease: a report of the american college of cardiology/american heart association task force on clinical practice guidelines. Circulation. 2019 Sep 10;140(11):e596-e646.
Barroso WK, Rodrigues CI, Bortolotto LA, Mota Gomes MA, Brandão AA, Feitosa AD, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021;116(3):516-658.
Faludi AA, Izar MC, Saraiva JF, Chacra AP, Bianco HT, Afiune A Neto, et al. Atualização da diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose – 2017. Arq Bras Cardiol. 2017 Jul;109(2.1):1-76.
Précoma DB, Oliveira GM, Simão AF, Dutra OP, Coelho OR, Izar MC, et al. Atualização da diretriz de prevenção cardiovascular da sociedade brasileira de cardiologia – 2019. Arq Bras Cardiol. 2019 Nov 4;113(4):787-891.
Carvalho T, Milani M, Ferraz AS, Silveira AD, Herdy AH, Hossri CA, et al. Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular – 2020. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2020May;114(5):943–87. Available from: https://doi.org/10.36660/abc.20200407/.
Ministério da Saúde (BR). Conjunto de ações para redução multifatorial das enfermidades não transmissíveis: Protocolo Nacional. Brasília: 2000.
Barbisan JR. Construção e validação inicial de um instrumento para avaliar o estilo de vida de pacientes com doenças cardiovasculares [dissertation]. Lages: Universidade do Planalto Catarinense; 2022. 95 p.
Karsten M, Vieira AM, Ghisi GL. Diretriz brasileira de reabilitação cardiovascular: valores e limitações. Arq Bras Cardiol. 2020;115(6):1208–1209.
Silva C, Oliveira NC, Alfieri FM. Mobilidade funcional, força, medo de cair, estilo e qualidade de vida em idosos praticantes de caminhada. Acta Fisiatrica. 2018;25(1):22–26.
Malachias M, Gomes M, Nobre F, Alessi A, Feitosa A, Coelho E. 7th brazilian guideline of arterial hypertension: chapter 2 - diagnosis and classification. Arq Bras Cardiol. 2016;107(3):07–13.
World Health Organization. Noncommunicable diseases country profiles 2011. Geneva: 2011.
Tamatakis E, Gale J, Bauman A, Ekelund U, Hamer M, Ding D. Sitting Time, Physical Activity, and Risk of Mortality in Adults. J Am Coll Cardiol. 2019;73(16):2062-2072.
World Health Organization. The world health report - life in the 21st century: a vision for all. Geneva: 1998.
Alwan A, Maclean DR, Riley LM, d'Espaignet ET, Mathers CD, Stevens GA, et al. Monitoring and surveillance of chronic non-communicable diseases: progress and capacity in high-burden countries. Lancet. 2010;376(9755):1861-8.
Doughty KN, Del Pilar NX, Audette A, Katz DL. Lifestyle Medicine and the Management of Cardiovascular Disease. Curr Cardiol Rep. 2017;19(11):116.
Wang DD, Li Y, Bhupathiraju SN, Rosner BA, Sun Q, Giovannucci EL,et al. Fruit and Vegetable Intake and Mortality: Results From 2 Prospective Cohort Studies of US Men and Women and a Meta-Analysis of 26 Cohort Studies. Circulation. 2021;143(17):1642-1654.
Wang X, Ouyang Y, Liu J, Zhu M, Zhao G, Bao W, et al. Fruit and vegetable consumption and mortality from all causes, cardiovascular disease, and cancer: systematic review and dose-response meta-analysis of prospective cohort studies. BMJ. 2014;349:4490.
Stuchi RA, de Carvalho EC. Crenças dos portadores de doença coronariana, segundo o referencial de Rokeach, sobre o comportamento de fumar. Rev Latinoam Enferm. 2003;11(1):74-9.
Stevens G, Mascarenhas M, Mathers C. Global health risks: progress and challenges. Bull W H O. 2009;87(9):646.
Morais LR, Magalhães AC, Costa IL, Ribeiro IP, Rodrigues IO, Costa JR, et al. A relação entre a apneia do sono e doenças cardiovasculares. Braz. J. Hea. Rev. [Internet]. 2021 Mar. 4 [cited 2023 Nov. 29];4(2):4619-35. Available from: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/25661/.
Javaheri S, Barbe F, Campos-Rodriguez F, Dempsey JA, Khayat R, Javaheri S, et al. Sleep Apnea: Types, Mechanisms, and Clinical Cardiovascular Consequences. J Am Coll Cardiol. 2017;69(7):841-858.
Fortes-Burgos AC, Neri AL, Cupertino AP. Eventos de vida estressantes entre idosos brasileiros residentes na comunidade. Estud psicol. 2009;14(1):69-75.
Fioranelli M, Bottaccioli AG, Bottaccioli F, Bianchi M, Rovesti M, Roccia MG. Stress and Inflammation in Coronary Artery Disease: A Review Psychoneuroendocrineimmunology-Based. Front Immunol. 2018;9:2031.
Russell G, Lightman S. The human stress response. Nat Rev Endocrinol. 2019;15(9): 525-534.
Macleod J, Davey SG. Psychosocial factors and public health: a suitable case for treatment. J Epidemiol Community Health. 2003;57(8):565-570.
Bernardo AF, Rossi RC, Souza NM, Pastre CM, Vanderlei LC. Associação entre atividade física e fatores de risco cardiovasculares em indivíduos de um programa de reabilitação cardíaca. Rev Bras Med Esporte [Internet]. 2013;19(4):231–5. Available from: https://doi.org/10.1590/S1517-86922013000400001/.
World Health Organization [internet]. Geneva: c2023 [cited 2023]. Social Connection. Available from: https://www.who.int/groups/commission-on-social-connection/.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Joana Ribeiro Colombo Barbisan, Adriano Augusto Debastiani, Tarso Waltrick, Kaius Munhoz de Paula, Natalia Veronez da Cunha

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.



