Ensinando o retalho romboidal na graduação médica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2025.223663

Palavras-chave:

Educação médica, Procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, Retalhos cirúrgicos, Retalho romboidal

Resumo

Fundamentos: Este estudo propõe um método simplificado e reprodutível para ensinar a técnica do retalho romboidal na cirurgia ambulatorial como parte da educação médica de graduação. Ele explora o planejamento e a execução experimental desta técnica, destacando suas potenciais aplicações na prática clínica, dependendo da localização específica e das características do defeito que requer correção. A importância de fornecer aos estudantes um ambiente seguro e supervisionado para aprender esta técnica de retalho cutâneo durante sua educação fundamental é enfatizada, pois contribui para o desenvolvimento de habilidades cirúrgicas essenciais. Objetivos: Avaliar a reprodutibilidade de um método geométrico de desenhos aplicada ao Retalho Rombóide por acadêmicos de Medicina em uma universidade, e analisar a compreensão e execução da técnica pelos participantes. Metodologia: Estudo observacional quantitativo realizado na Universidade Positivo, envolvendo alunos do 4º ano do curso de Medicina. Os estudantes realizaram o desenho do retalho romboidal e o finalizaram baseando-se na técnica demonstrada em sala de aula. A reprodução foi em patas de porco, material já usado corriqueiramente na disciplina de Cirurgia Ambulatorial nessa instituição. Aqueles que estiveram presentes durante a demonstração da técnica e concordaram com os apontamentos do TCLE, foram incluídos na pesquisa. A coleta e a avaliação basearam-se em um questionário contendo um checklist, aplicado por avaliadores treinados previamente para tal. Os dados foram analisados preliminarmente utilizando-se estatística descritiva. Principais Resultados: Os resultados mostram que 97,1% dos participantes compreenderam bem a técnica após a demonstração do professor, indicando a eficácia do método estruturado de ensino do retalho romboidal. A maioria seguiu corretamente as etapas da técnica (76,5% a 100%), embora a dificuldade na reprodução do design variou: 26,5% enfrentaram dificuldades significativas, 44,1% moderadas e 29,4% pouca dificuldade. Quanto à escolha da tensão do retalho, 79,4% fizeram seleções adequadas, mas apenas 32,4% alcançaram simetria ideal no design. A qualidade final do retalho foi boa para 79,4% dos participantes e média para 20,6%, sem casos de baixa qualidade. A supervisão ativa e o feedback personalizado foram cruciais para aprimorar as habilidades e a confiança dos alunos, destacando a eficácia da abordagem metodizada no ensino e execução do retalho romboidal. Conclusão: O estudo ofereceu insights importantes sobre a execução técnica e compreensão do retalho romboidal, destacando áreas que podem ser aprimoradas pelos educadores que influenciam diretamente na execução técnica. Esses achados contribuem para o desenvolvimento de programas educacionais na área cirúrgica, visando melhores resultados nas habilidades cirúrgicas e metodologias de ensino.

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Biografia do Autor

  • Kátia Sheylla Malta Purim, Universidade Positivo, Curitiba, (PR), Brasil

    Doutorado em Medicina Interna

  • Afrânio Benedito Silva Bernardes, Universidade Positivo, Curitiba, (PR), Brasil

    Graduado em Medicina

  • Giuliana Lugarini, Universidade Positivo, Curitiba, (PR), Brasil

    Acadêmica de medicina

  • Marina Renata Foggiatto, Universidade Positivo, Curitiba, (PR), Brasil

    Acadêmica de medicina

  • Bruno Luis Duda, Universidade Positivo, Curitiba, (PR), Brasil

    Residência médica em Cirurgia Geral

  • Renato Vianna Soares, Universidade Positivo, Curitiba, (PR), Brasil

    Mestrado em Clínica cirúrgica

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Publicado

2025-12-16

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Purim KSM, Bernardes ABS, Lugarini G, Foggiatto MR, Duda BL, Soares RV. Ensinando o retalho romboidal na graduação médica. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 16º de dezembro de 2025 [citado 24º de dezembro de 2025];58(2):e-223663. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/223663