VARIAÇÃO DA SOBRECARGA DE TREINAMENTO NO COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR E DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE DOR EM MULHERES SEDENTÁRIAS

Autores

  • Alex Souto Maior Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ)
  • Thiago Menuci
  • Vinícius Soares
  • Lucas Rafael Souza
  • Márcio Gribov
  • Roberto Simão Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v41i2p168-176

Palavras-chave:

Força Muscular. Exercício Físico. Dor Muscular Tardia.

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar e comparar os ganhos de força e observar o comportamento da percepção subjetiva de dor (PSD) no período de oito semanas em mulheres sedentárias através de dois programas distintos de exercícios resistidos. O estudo foi composto de 16 mulheres (27,5 ± 4,8 anos; 57 ± 3,9 kg; 162,8 ± 3,3 cm; 21,4 ± 1, kg/m2 aparentemente saudáveis e sedentárias. Elas foram separadas aleatoriamente em dois grupos distintos: Grupo 1 (G1) - os indivíduos nas duas primeiras semanas realizaram duas séries em 10 repetições com carga que variava de 40 a 60% do peso corporal. Entre a 3a e a 4 semana treinaram com três séries de 10 repetições a 80% de 1RM (repetição máxima). Entre a 5a e a 8a semana ocorreu aumento progressivo do número de séries para quatro, mantendo o número de repetições (10 repetições) e a mesma sobrecarga; Grupo 2 (G2) - foi realizado um programa de treinamento contínuo de três séries de 10 repetições nas duas primeiras semanas com uma carga que variava de 40 a 60% do peso corporal. Nas semanas subseqüentes o treinamento foi alterado para quatro séries de 10 repetições com uma carga equivalente a 80% de 1RM ao longo das oito semanas de treinamento. Para análise da força muscular foi utilizado o teste de 1RM no final da 2a, 4a, 6a e 8a semanas com intuito de verificar o comportamento da força muscular e otimizar a carga de treinamento. Os exercícios utilizados no protocolo de treinamento e no teste de 1RM foram: leg press 45°, extensão de joelho, flexão de joelho, puxada pela frente, flexão de cotovelo e extensão de cotovelo. A PSD foi apresentada a cada voluntário 48h pós a realização de cada teste de 1RM. A ANOVA Two Way seguida do teste post hoc de Bonferroni verificou que os resultados intra-grupos para G1 apresentaram diferença significativa para todos os exercícios em todos os testes. Contudo, em G2 a diferença significativa foi observada, em grande parte dos exercícios, somente do 3º e 4º teste em relação ao 1º teste. Para as análises inter-grupos o teste Mann-Whitney para amostras independentes verificou ganhos de força significativo do G1 em relação a G2 nos exercícios leg press 45°, rosca tríceps e rosca bíceps. Em relação a PSD foi observada uma queda significativa na escala analógica de G1 em relação a G2 (p<0,001). Em conclusão, a sobrecarga progressiva imposta ao G1 promoveu significativos ganhos de força muscular e menor PSD em relação ao G2.

 

 

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Biografia do Autor

  • Alex Souto Maior, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ)
    Doutorando em Ciências Biológicas (Fisiologia) do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ)
  • Thiago Menuci
    Graduado em Educação Física e Especialistas em Treinamento de Força da Universidade Gama Filho.
  • Vinícius Soares
    Graduado em Educação Física e Especialistas em Treinamento de Força da Universidade Gama Filho.
  • Lucas Rafael Souza
    Graduado em Educação Física e Especialistas em Treinamento de Força da Universidade Gama Filho.
  • Márcio Gribov
    Graduado em Educação Física e Especialistas em Treinamento de Força da Universidade Gama Filho.
  • Roberto Simão, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutor e Professor Adjunto da Escola de Educação Física e Desportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEFD/UFRJ)

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Publicado

2008-06-30

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Maior AS, Menuci T, Soares V, Souza LR, Gribov M, Simão R. VARIAÇÃO DA SOBRECARGA DE TREINAMENTO NO COMPORTAMENTO DA FORÇA MUSCULAR E DA PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE DOR EM MULHERES SEDENTÁRIAS. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de junho de 2008 [citado 3º de maio de 2024];41(2):168-76. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/263