OS NÚCLEOS VASOMOTORES DO BULBO E A REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR: NOVAS EVIDÊNCIAS E NOVAS QUESTÕES
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v39i1p89-100Palavras-chave:
Pressão Arterial. NTS. RVL. CVL.Resumo
Há mais de 30 anos foi proposto um modelo para explicar como o sistema nervoso central promove a regulação do sistema cardiovascular, onde os núcleos vasomotores do bulbo seriam as principais estruturas envolvidas no controle do reflexo cardiovascular. Segundo este modelo, o núcleo do trato solitário (NTS) é o primeiro núcleo a integrar as informações cardiovasculares vindas dos baroceptores e também parece integrar vias descendentes provenientes de núcleos superiores como o hipotálamo, importantes para as reações de alerta e defesa. Do NTS saem projeções excitatórias para a região caudoventrolateral (CVL) do bulbo, a qual inibe a região rostroventrolateral (RVL). Esta última região constitui a principal fonte de eferências excitatórias para os neurônios simpáticos pré-ganglionares (SPN), sendo responsável pelo tonus simpático para o coração e vasos. Projeções importantes do CVL para estruturas diencefálicas (núcleo preóptico mediano, núcleo paraventricular do hipotálamo e núcleo supraóptico) também estão envolvidas no controle da composição e/ou volume do compartimento extracelular. A área depressora gigantocelular (GiDA) constitui outro possível centro vasomotor envolvido nos ajustes de fluxo sangüíneo por meio de projeções diretas para o SPN. No entanto, o meio pelo qual a GiDA exerce seu efeito vasodepressor ainda é desconhecido. Nos últimos 10 anos, nosso laboratório tem se dedicado a deslindar as vias e mecanismos neurais associados à regulação do fluxo sangüíneo visceral e muscular. Resultados obtidos ao longo destes estudos resultaram em evidências que são incompatíveis com o modelo proposto.
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