A sífilis congênita nas regiões de saúde no estado de Alagoas (2009-2018)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.207683Palabras clave:
Sífilis congênita, Sistemas de informação geográfica, Vigilância em saúde públicaResumen
Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo Treponema pallidum. Quando a transmissão ocorre da mãe para o filho durante a gestação, é denominada sífilis congênita (SC). Alagoas está entre os estados brasileiros com um dos maiores coeficientes de mortalidade por SC em menores de um ano. Diante deste cenário, este artigo objetiva analisar a tendência temporal da sífilis congênita nas Regiões de Saúde (RS) de Alagoas no período de 2009 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal. Variáveis sociodemográficas e aspectos clínicos foram objetos de análise. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e do Sistema de Informação de Nascidos Vivos. A análise de tendência foi realizada utilizando-se o modelo de regressão por pontos de inflexão (joinpoint regression model). Resultados: Foram registrados 3.342 casos de SC em Alagoas, sendo a 1ª RS a mais afetada (83,57%). A 8ª RS apresentou o menor número de casos (0,18%). Quanto à incidência, a 10ª RS apresentou a maior taxa (14,51/1.000 habitantes), enquanto a 8ª RS teve a menor (0,24/1.000 habitantes). Sobre os aspectos neonatais, destaca-se que a maioria dos neonatos permaneceu viva (92,40%), e a maioria era de cor parda (74,78%). Nas características maternas, observou-se predomínio de ensino fundamental incompleto (32,92%) e raça parda (75,08%). Conclusão: O Estado de Alagoas apresentou alta incidência de SC no período de 2009 a 2018. A taxa de SC apresentou crescimento em quase todas as RS, com exceção da 5ª RS.
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