Fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis entre alunos de enfermagem de Ribeirão Preto-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v33i3p312-321Palavras-chave:
Prevalência. Fatores de Risco. Doença Crônica .Resumo
Objetivo: o estudo teve por objetivo analisar a prevalência de alguns fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis, entre estudantes de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto, investigando-se o efeito independente de alguns desses fatores sobre os níveis de pressão arterial sistólica e diastólica. Material e Métodos: a população estudada foi constituída por 305 alunos, matriculados em 1995, e a coleta de dados ocorreu entre agosto e dezembro do mesmo ano, mediante uma entrevista padronizada, realizada por uma equipe treinada. Além de condições sociodemográficas, foi investigada a prevalência de antecedentes familiares para doenças crônicas não transmissíveis, dos níveis de pressão arterial, do hábito de fumar, do índice de massa corporal e do uso de contraceptivos orais. A prevalência dos fatores de risco foi estimada por ponto e por intervalos que foram construídos com 95% de confiança. Para o estudo de associação, foi utilizada a técnica de regressão linear múltipla, obtendo-se os estimadores (b) dos coeficientes de regressão, com testes de hipóteses e o nível de significância adotado foi a £ 0,05. Resultados: com relação à presença de antecedentes familiares, predominaram aqueles indivíduos com dois ou mais antecedentes familiares com doenças crônicas não transmissíveis, 65,6% (IC: 59,9%0150 - 70,8%). A prevalência do hábito de fumar foi 15,4% (IC:11,6% - 20,1%) e a prevalência do uso de contraceptivos orais, entre as mulheres, foi 48,6% (IC: 42,7% - 54,6%). O índice de massa corporal (IMC), ajustado para idade, e hábito de fumar (conjunto dos indivíduos) ou para idade, uso de contraceptivos orais ou sua duração (população feminina), destacou-se como um forte preditor da pressão sistólica e diastólica (p<0,05). O IMC, a duração do hábito de fumar e o número de cigarros consumidos/dia, quando estratificados segundo as categorias de antecedentes familiares, apresentaram-se como bons preditores da pressão sistólica para aqueles indivíduos com história de dois ou mais antecedentes familiares (p<0,05). Com relação aos níveis de pressão diastólica, seus melhores preditores foram o IMC entre aqueles com dois ou mais antecedentes familiares ou entre aqueles com apenas antecedentes de hipertensão arterial (p<0,05). O número de cigarros consumidos/dia foi bom preditor dos níveis de pressão diastólica entre os indivíduos com antecedentes familiares apenas para cardiopatias (p<0,05).Discussão: discutem-se as implicações de fatores de ordem genética ou ambiental como preditores de doenças crônicas na população em estudo, recomendando-se estratégias efetivas de combate ao tabagismo, de controle da obesidade e de uso de contraceptivos orais nessa falange universitária.
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