Avaliação da efetividade de intervenções de promoção da atividade física no Sistema Único de Saúde

Autores

  • Evelyn Helena Corgosinho Ribeiro Universidade de São Paulo
  • Leandro Martin Totaro Garcia Universidade de São Paulo
  • Emanuel Péricles Salvador Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Educação Física
  • Evelyn Fabiana Costa Universidade de São Paulo
  • Douglas Roque Andrade Universidade de São Paulo; Escola de Artes, Ciências e Humanidades
  • Maria do Rosario Dias de Oliveira Latorre Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Alex Antonio Florindo Universidade de São Paulo; Escola de Artes, Ciências e Humanidades

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006654

Palavras-chave:

Adulto, Atividade Motora, Avaliação de Resultados (Cuidados de Saúde), Comportamentos Saudáveis, Promoção da Saúde, Sistema Único de Saúde, Ensaio Clínico Controlado Aleatório

Resumo

OBJETIVO Avaliar o efeito de intervenções nos níveis de atividade física de adultos saudáveis, usuários do Sistema Único de Saúde e atendidos pela Estratégia de Saúde da Família. MÉTODOS Estudo experimental, não randomizado, com 157 adultos alocados em três grupos: 1) classes de exercícios físicos (n = 54); 2) educação em saúde (n = 54); 3) controle (n = 49). O estudo teve duração de 18 meses, sendo 12 meses de intervenções e seis meses de acompanhamento pós-intervenção. As avaliações ocorreram no início, nos 12 e nos 18 meses de estudo. A atividade física foi avaliada por questionários e por acelerometria. Para as análises, utilizaram-se o princípio de intenção de tratar e equações de estimativas generalizadas. RESULTADOS Após 12 meses, ambos os grupos de intervenção aumentaram os minutos semanais de atividade física no lazer e os escores anuais de exercícios físicos, de lazer e de deslocamento. O grupo das classes de exercícios físicos obteve maior média de escore anual de exercícios físicos em comparação com os outros grupos (p < 0,001). No período pós-intervenção, o grupo de classes de exercícios físicos reduziu o escore anual de exercícios físicos (média: -0,3; IC95% -0,5–-0,1), enquanto o grupo de educação em saúde aumentou este escore (média: 0,2; IC95% 0,1–0,4). Não houve diferenças nos níveis de atividade física mensurados por acelerometria. CONCLUSÕES As intervenções foram efetivas para aumentar a prática de atividade física. No entanto, observou-se que a intervenção de educação em saúde foi mais efetiva para a manutenção da prática de atividade física no período pós-intervenção. Recomenda-se a utilização de ambas as intervenções para a promoção da atividade física no Sistema Único de Saúde, de acordo com as realidades locais de profissionais, instalações e objetivos das equipes.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Ribeiro, E. H. C., Garcia, L. M. T., Salvador, E. P., Costa, E. F., Andrade, D. R., Latorre, M. do R. D. de O., & Florindo, A. A. (2017). Avaliação da efetividade de intervenções de promoção da atividade física no Sistema Único de Saúde. Revista De Saúde Pública, 51, 56. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006654