Estimativa de custo da asma em tratamento ambulatorial: estudo com dados de mundo real

Autores

  • Eduardo Costa Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Medicina Interna
  • Rosangela Caetano Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social. Departamento de Política, Planejamento e Administração em Saúde
  • Guilherme Loureiro Werneck Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social. Departamento de Epidemiologia
  • Maurício Bregman Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Programa de Bolsas de Iniciação Científica
  • Denizar Vianna Araújo Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Clínica Médica
  • Rogério Rufino Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Doenças do Tórax

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000153

Palavras-chave:

Asma, economia. Antiasmáticos, provisão & distribuição. Licença Médica. Custos de Cuidados de Saúde. Custos e Análise de Custo. Assistência Ambulatorial. Tomada de Decisão Clínica.

Resumo

OBJETIVO: Estimar o custo do diagnóstico e tratamento da asma. MÉTODOS: Foi utilizada a perspectiva da sociedade. Foram incluídos por 12 meses em 2011–2012, sequencialmente, 117 indivíduos maiores de cinco anos de idade, em tratamento por asma nos Serviços de Pneumologia e Alergia-Imunologia da Policlínica Piquet Carneiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Todos realizaram duas entrevistas com seis meses de intervalo para coleta de dados, cobrindo 12 meses. As unidades de custos foram identificadas e valoradas de acordo com métodos definidos. Foi feita análise de sensibilidade e foram aplicados métodos estatísticos com nível de significância de 5% para comparações de custos entre subgrupos. RESULTADOS: Cento e oito pacientes completaram o estudo, 73,8% eram mulheres. Mediana de idade foi de 49,5 anos. Rinite esteve presente em 83,3%, e mais da metade tinha sobrepeso ou obesidade. A renda familiar média foi de R$1.566,19/mês (DP = 1.503,30). A maioria dos trabalhadores e dos estudantes teve absenteísmo relacionado à asma. O custo médio anual total foi de R$2.207,99/paciente (DP = 2.220,55). O custo relacionado à asma isolada foi de R$1.984,17/paciente-ano (DP = 2.232,55). Asmáticos obesos, graves ou não controlados tiveram maiores custos em comparação aos não obesos (p = 0,001), não graves e controlados (p = 0,000). O custo direto correspondeu a 82,3% do custo total estimado. O custo com medicamentos para asma correspondeu a 62,2% dos custos diretos da asma. CONCLUSÕES: Medicamentos para asma, medidas de controle ambiental e licenças de saúde prolongadas tiveram maior impacto potencial na variação do custo total. Os resultados são uma estimativa do custo do tratamento da asma em nível secundário no Sistema Único de Saúde, assumindo-se que o tratamento utilizado represente a abordagem ideal da doença.

Publicado

2018-04-02

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Costa, E., Caetano, R., Werneck, G. L., Bregman, M., Araújo, D. V., & Rufino, R. (2018). Estimativa de custo da asma em tratamento ambulatorial: estudo com dados de mundo real. Revista De Saúde Pública, 52, 27. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000153