Mortalidade hospitalar em pacientes idosos no Sistema Único de Saúde, região Sudeste

Autores

  • Paula Cordeiro Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ
  • Mônica Martins Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Departamento de Administração e Planejamento em Saúde. Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000146

Palavras-chave:

Idoso. Doenças Cardiovasculares. Mortalidade Hospitalar. Fatores de Risco. Qualidade da Assistência à Saúde. Sistema Único de Saúde.

Resumo

OBJETIVO: Avaliar fatores associados ao óbito hospitalar em idosos internados por doenças do aparelho circulatório específicas no Sistema Único de Saúde, considerando a mortalidade hospitalar ajustada como indicador de efetividade. MÉTODOS: As informações foram extraídas do Sistema de Informações Hospitalares. Foram selecionadas 385.784 internações de idosos por doenças hipertensivas, doença isquêmica do coração, insuficiência cardíaca congestiva e doenças cerebrovasculares, na região Sudeste entre 2011 e 2012. Idade, sexo, admissão de emergência, diagnóstico principal e dois índices de comorbidade foram incluídos na regressão logística para o ajuste do risco de óbito. As análises foram desenvolvidas em dois níveis: internação e hospital. RESULTADOS: Observou-se maior chance de morrer nas idades mais avançadas, nas internações de urgência, por doenças cerebrovasculares, com registro de comorbidade, especialmente pneumonia e perda de peso, nas internações para cuidado clínico e com uso de unidades de terapia intensiva. A taxa de mortalidade hospitalar ajustada foi 11,1% nos hospitais privados, 12,3% nos filantrópicos e 14,4% nos públicos, mas houve grande variabilidade entre hospitais. A razão de mortalidade hospitalar ajustada (razão entre óbitos observados e preditos) variou entre 103,3% nos hospitais filantrópicos e 118,2% nos hospitais privados. CONCLUSÕES: Embora haja insuficiências na fonte de informação, a capacidade de discriminação do modelo de ajuste de risco mostrou-se razoável. A variabilidade na mortalidade hospitalar ajustada foi ampla e comparativamente maior nos hospitais privados. Apesar dos limites, os resultados favorecem o uso da mortalidade hospitalar ajustada por risco no monitoramento da qualidade do cuidado hospitalar prestado ao idoso.

Publicado

2018-07-20

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Cordeiro, P., & Martins, M. (2018). Mortalidade hospitalar em pacientes idosos no Sistema Único de Saúde, região Sudeste. Revista De Saúde Pública, 52, 69. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000146