Evolução da mortalidade geral, infantil e proporcional no Brasil

Autores

  • João Yunes Secretaria do Estado da Saúde; Divisão de Epidemiologia
  • Vera Shirley Carvalho Ronchezel Secretaria do Estado da Saúde; Divisão de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101974000500002

Palavras-chave:

Mortalidade (Brasil), Níveis de Saúde, Estatística vital, Mortalidade infantil, Mortalidade proporcional, População brasileira

Resumo

Estudo da evolução da mortalidade geral, infantil e proporcional para o Brasil e Regiões Fisiográficas de 1941 a 1970. Nos últimos 30 anos a redução de mortalidade geral para o Brasil foi de 47,5%, tendo sido maior a queda na região Centro-Oeste. No último decênio observa-se o aumento do coeficiente em todas as regiões iniciando-se em diferentes períodos, sendo em parte devido ao aumento da mortalidade infantil. Ao se comparar a mortalidade geral do Brasil com a de países mais desenvolvidos, ela pode ser considerada elevada, uma vez que cerca de 42% da população tem menos de 14 anos de idade, indicando nível de saúde insatisfatório. Para a mortalidade infantil, em 30 anos houve uma redução de seu coeficiente em 46,2%, tendo sido maior esta queda na região Centro-Oeste. No último decênio, observa-se um aumento deste coeficiente, sugerindo, portanto, uma piora do nível de saúde e ao se comparar com outros países é notória a diferença observada. Ao se comparar a mortalidade proporcional (percentagem do total de óbitos de crianças menores de 1 ano) de 1940/1970, observa-se uma elevação de 16,3%, sendo no último decênio o maior aumento para as regiões Centro-Oeste (57,7%) e Sudeste (36,1%). Ao se comparar os dados do Brasil com o Estado e Município mais desenvolvido (São Paulo), observa-se sempre que estes indicadores para o país como um todo apresentam-se mais elevados, sugerindo um pior nível de saúde. Entre os principais fatores condicionantes da piora do nível de saúde do Brasil no último decênio, destaca-se o econômico onde ocorre um aumento na concentração da distribuição de renda, declíneo do salário mínimo real de 20%, com conseqüente diminuição do poder aquisitivo da população assalariada. Acresce-se ainda, o aumento da população descoberta dos recursos de saneamento básico.

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Publicado

1974-06-01

Edição

Seção

nd

Como Citar

Yunes, J., & Ronchezel, V. S. C. (1974). Evolução da mortalidade geral, infantil e proporcional no Brasil. Revista De Saúde Pública, 8(supl.), 3-48. https://doi.org/10.1590/S0034-89101974000500002