Estimativa da prevalência da hanseníase pela investigação em demanda inespecífica de agências de saúde

Autores

  • Diltor Vladimir Opromolla Hospital de Dermatologia Sanitária Lauro de Souza Lima; Centro de Estudos Reynaldo Quagliato
  • Rubens Cunha Nobrega Hospital de Dermatologia Sanitária Lauro de Souza Lima; Centro de Estudos Reynaldo Quagliato
  • Neusa Nunes da Silva e Gonçalves Hospital de Dermatologia Sanitária Lauro de Souza Lima; Centro de Estudos Reynaldo Quagliato
  • Silvia Helena Pereira Padovani Hospital de Dermatologia Sanitária Lauro de Souza Lima; Centro de Estudos Reynaldo Quagliato
  • Carlos Roberto Padovani Hospital de Dermatologia Sanitária Lauro de Souza Lima; Centro de Estudos Reynaldo Quagliato
  • Aguinaldo Gonçalves Hospital de Dermatologia Sanitária Lauro de Souza Lima; Centro de Estudos Reynaldo Quagliato

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000300003

Palavras-chave:

Hanseníase^i1^sepidemiolo, Serviços de saúde

Resumo

Dada a importância das taxas de prevalência e incidência de uma moléstia para conhecimento de seu comportamento e planejamento de seu controle, em nível do coletivo, procedeu-se a estudo na cidade de Taubaté, Vale do Paraíba, SP (Brasil) da ocorrência da hanseníase em clientela de agências de saúde com o objetivo de explorar o emprego desta metodologia para estimar o "iceberg" epidemiológico da doença (i.e., o número total de casos, incluindo os existentes, mas não oficialmente registrados). Foram averiguados clientes com idade igual ou superior a quinze anos, independentemente de variáveis pessoais ( como sexo, idade, condição social, estado civil), pois admitiu-se ser conhecida a distribuição populacional da doença e as características dos serviços. Consideradas as peculiaridades locais (v.g. identidade das diferentes clientelas, disponibilidade de consultórios, horários de maior fluxo), o processo de amostragem utilizado foi o da casualização simples. Os doentes detectados em atividade, 40 em 10.013 pessoas examinadas, corresponderam ao índice de prevalência de 3,99/1.000, com intervalo de confiança (ao nível de 5% de confiabilidade) variando de 3.365 a 4.625/1.000, o que significa que o acréscimo mínimo estimado da prevalência é da ordem de 52% e máximo de 109%. Houve predomínio, entre os doentes, da forma indeterminada (35,0%) mais explicitamente quando são eles estratificados em registrados os casos novos: nesta categoria, a forma indeterminada atingiu 56,5%. Sua distribuição por faixa etária não se distanciou da observada com os dados de registro oficial, segundo se constatou pelo cotejo dos casos observados e esperados, calculados a partir dos indicadores populacionais; quanto à proporção sexual, registrou-se predomínio de elementos do sexo masculino.

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Publicado

1990-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Opromolla, D. V., Nobrega, R. C., Gonçalves, N. N. da S. e, Padovani, S. H. P., Padovani, C. R., & Gonçalves, A. (1990). Estimativa da prevalência da hanseníase pela investigação em demanda inespecífica de agências de saúde . Revista De Saúde Pública, 24(3), 178-185. https://doi.org/10.1590/S0034-89101990000300003