Condições sociodemográfícas e estado nutricional de crianças menores de um ano em áreas periféricas da cidade de Guadalajara, México

Autores

  • Guillermo Julián González P. Universidad de Guadalajara; Instituto Regional de Investigación en Salud Publica
  • María Guadalupe Vega L. Universidad de Guadalajara; Instituto Regional de Investigación en Salud Publica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101994000400005

Palavras-chave:

Estado nutricional, Fatores sociodemográficos, Saúde infantil

Resumo

Foi estudada a proporção de crianças com menos de um ano com peso inferior ao mínimo adequado para sua idade, identificados os problemas de natureza sociodemográfica que pudessem estar associados ao problema e a importância sócio-sanitária dos mesmos, em áreas da periferia da zona metropolitana de Guadalajara (ZMG), México. A pesquisa foi feita em uma amostra representativa de crianças nascidas entre 1.5.1990 (primeiro de maio de 1990) e 30.4.91 (trinta de abril de 1991) em filhos de mães associadas ao Instituto Mexicano de Seguro Social nos municípios de Tlaquepaque e Tonalá, cidades satélites de Guadalajara, a segunda do país. A avaliação ponderada das crianças se fez a partir das tabelas feitas com esse propósito pelo Centro Latino-Americano de Perinatologia. Com o emprego da regressão logística, se estipularam "Odds Ratios" (OR), com intervalos de confiança (1C) de 90%. O modelo encontrado foi ajustado mediante a estatística H*. Da mesma forma calculou-se o risco populacional atribuível (RPA), e a probabilidade de que a criança não atingisse o peso mínimo adequado (PMA) para sua idade na presença ou ausência dos fatores de risco identificados. Os resultados mostraram que quase uma quinta parte dos lactantes estudados não alcançam o PMA. Evidenciou-se associação existente entre a idade da mãe de menos de 20 anos (OR= 2,53; IC 1,03-6,22) e o fato de que pertença ao grupo social "operário" (OR= 2,28; IC 1,01-5,21) com o de que a criança não atingia o PMA e a transcendência social de tais fatores (RPA= 26,4% e 36,7% respectivamente). Na presença de todos os fatores analisados, a probabilidade de que uma criança não atinja o PMA é de 0,85 e, em particular, na presença só dos fatores de risco identificados, esta probabilidade é de 0,41. Esta informação fornece dados aos serviços de saúde para projetar ações apropriadas dirigidas a grupos específicos da população com o objetivo de melhorar o estado nutricional da população infantil.

Publicado

1994-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

González P., G. J., & Vega L., M. G. (1994). Condições sociodemográfícas e estado nutricional de crianças menores de um ano em áreas periféricas da cidade de Guadalajara, México . Revista De Saúde Pública, 28(4), 268-276. https://doi.org/10.1590/S0034-89101994000400005