Transtornos do humor em enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e depressão

Autores

  • Neury J. Botega Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria
  • Márcia R. Bio Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria
  • Maria Adriana Zomignani Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria
  • Celso Garcia Jr Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria
  • Walter A. B. Pereira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000500004

Palavras-chave:

Depressão^i1^sepidemiolo, Ansiedade^i1^sepidemiol, Entrevista psiquiátrica padronizada, Pacientes internados

Resumo

Para estimar a prevalência de transtornos do humor, foram utilizadas a entrevista estruturada, "Clinical Interview Schedule" (CIS-R), e a escala "Hospital Anxiety and Depression" (HAD) em 78 pacientes internados em uma enfermaria geral de adultos (43 homens e 35 mulheres, média de idade = 43,2 anos). Foi encontrada prevalência instantânea de 39% de transtornos do humor. Dezesseis (20,5%) pacientes preencheram critérios para ansiedade, a maioria dos casos sendo de gravidade leve. Vinte e seis (33%) casos de depressão foram detectados, 7 dos quais de gravidade moderada. Observou-se uma combinação de sintomas de preocupação, depressão, ansiedade e insônia. A HAD mostrou-se de fácil compreensão pelos pacientes. As subescalas de ansiedade e de depressão tiveram consistência interna de 0,68 e 0,77, respectivamente. A correlação dos itens com as respectivas subescalas sugere que essas possuem validades convergentes, não discriminantes. Com ponto de corte 8/9, a sensibilidade e a especificidade foram 93,7% e 72,6%, para ansiedade, e 84,6% e 90,3%, para depressão. Na prática clínica, a utilização da HAD poderia auxiliar na detecção de casos de transtornos do humor que necessitam de tratamento.

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Publicado

1995-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Botega, N. J., Bio, M. R., Zomignani, M. A., Garcia Jr, C., & Pereira, W. A. B. (1995). Transtornos do humor em enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e depressão . Revista De Saúde Pública, 29(5), 359-363. https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000500004