Cartografia do retardo estatural em escolares do Estado da Paraíba, Brasil

Autores

  • Alice T Carvalho Universidade Federal da Paraíba
  • Maria JC Costa Universidade Federal da Paraíba
  • Luiz OC Ferreira Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco
  • Malaquias Batista Filho Universidade de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000100002

Palavras-chave:

Estatura, Inquéritos nutricionais, Distribuição espacial, Transtornos nutricionais, Nanismo nutricional

Resumo

OBJETIVO: Parte de um projeto promovido pelas Nações Unidas (FAO) e pelo Ministério da Educação do Brasil (Fundação de Assistência ao Escolar) para estudar a condição nutricional de alunos de educandários públicos, visa a avaliar, com um enfoque cartográfico, a magnitude e a distribuição espacial do déficit estatural de alunos de escolas públicas do Estado da Paraíba. MÉTODOS: Fez-se levantamento de caráter censitário da estatura de 50.144 escolares com idade de 6 a 9 anos, matriculados na primeira série do primeiro grau de todos municípios do Estado da Paraíba, considerando-se como déficit estatural os valores classificados abaixo de -2 "scores" z do padrão do National Center of Health Statistics. RESULTADOS: Em todo o Estado, 14,5% dos escolares foram considerados casos de nanismo, com uma distribuição heterogênea para as quatro mesorregiões fisiográficas estudadas: 18,7% no Sertão, 13,8% no Agreste, 11,9% na Borborema e 10,9% na Zona da Mata. Nas escolas da área rural, 17,8% dos alunos apresentavam déficit estatural, enquanto no meio urbano a prevalência de nanismo foi de 11,8%. CONCLUSÕES: Os dados encontrados são indicativos de um processo de interiorização da desnutrição, contrastando substancialmente com as descrições históricas sobre a cartografia do problema na região.

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Publicado

2000-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Carvalho, A. T., Costa, M. J., Ferreira, L. O., & Batista Filho, M. (2000). Cartografia do retardo estatural em escolares do Estado da Paraíba, Brasil . Revista De Saúde Pública, 34(1), 3-8. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000100002