Prevalência e fatores de risco para tabagismo em adolescentes

Autores

  • Maura C Malcon Universidade Federal de Pelotas
  • Ana Maria B Menezes Universidade Federal de Pelotas; Departamento de Clínica Médica
  • Moema Chatkin Universidade Federal de Pelotas; Departamento de Clínica Médica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000100003

Palavras-chave:

Tabagismo^i1^sepidemiolo, Adolescência, Prevalência, Fatores de risco, Estudos transversais, Zonas urbanas

Resumo

OBJETIVO: O tabagismo é uma das principais causas de enfermidades evitáveis e incapacidades prematuras. Nesse sentido, realizou-se estudo com o objetivo de medir a prevalência e estudar fatores de risco associados ao tabagismo nos adolescentes. MÉTODOS: A partir de um delineamento transversal de base populacional, estudou-se uma amostra representativa de 1.187 adolescentes de 10 a 19 anos, da zona urbana de Pelotas, sul do Brasil. Todos os adolescentes da amostra, de cada domicílio, foram entrevistados por meio de questionário pré-codificado, individual e confidencial. Utilizou-se o teste de Kaplan-Meier para análise da curva de sobrevida. RESULTADOS: A prevalência de tabagismo na amostra foi de 12,1% (IC95% 10,3%-14%). As prevalências foram similares para os sexos femininos e masculinos. Os fatores de risco para tabagismo na análise multivariada, por regressão logística, foram: maior idade, odds ratio (OR) de 28,7 (11,5-71,4), irmãos mais velhos fumantes, OR de 2,4 (1,5-3,8), três ou mais amigos fumantes, OR de 17,5 (8,8-34,8) e baixa escolaridade OR de 3,5 (1,5-8,0). CONCLUSÕES: A prevalência de tabagismo na adolescência mostrou-se alta, na cidade de Pelotas. Campanhas antitabágicas devem ser direcionadas à comunidade e à família tendo o adolescente como alvo. Medidas legais adotadas pelo governo são importantes para impedir o acesso dos adolescentes ao cigarro.

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Publicado

2003-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Malcon, M. C., Menezes, A. M. B., & Chatkin, M. (2003). Prevalência e fatores de risco para tabagismo em adolescentes . Revista De Saúde Pública, 37(1), 1-7. https://doi.org/10.1590/S0034-89102003000100003