Prevalência e fatores associados ao sedentarismo em adolescentes de área urbana

Autores

  • Maria Helena Klee Oehlschlaeger Universidade Católica de Pelotas; Escola de Psicologia e Medicina
  • Ricardo Tavares Pinheiro Universidade Católica de Pelotas; Escola de Psicologia e Medicina
  • Bernardo Horta Universidade Católica de Pelotas; Escola de Psicologia e Medicina
  • Cristina Gelatti Universidade Católica de Pelotas; Escola de Psicologia e Medicina
  • Patrícia San'Tana Universidade Católica de Pelotas; Escola de Psicologia e Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000200002

Palavras-chave:

Sedentarismo, Adolescente, Epidemiologia

Resumo

OBJETIVO: Determinar a prevalência e fatores associados ao sedentarismo em adolescentes residentes em uma área urbana. MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal em uma amostra representativa de 960 adolescentes com idades entre 15 e 18 anos, em 2002, em Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados por meio de um questionário anônimo e auto-aplicado. Foi definindo como sedentário o adolescente que participava de atividades físicas por um tempo menor do que 20 minutos diários e uma freqüência menor do que três vezes por semana. Variáveis sociodemográficas e comportamentais foram avaliadas. Para as comparações entre proporções, utilizou-se o teste do qui-quadrado, e para a análise multivariada, a regressão de Poisson com ajuste robusto para as variâncias. Foi feito controle para efeito de delineamento. RESULTADOS: Foram entrevistados 960 adolescentes, dos quais 39% foram considerados sedentários. As meninas foram mais sedentárias do que os meninos, 2,45 (IC 95% 2,06-2,92). Os adolescentes das classes sociais mais baixas foram mais sedentários, 1,35 (IC 95% 1,06-1,72). Escolaridade inferior a quatro anos de estudo do adolescente 1,30 (IC 95% 1,01-1,68) e da mãe 1,75 (IC 95% 1,31-2,23) apresentaram maior risco para o sedentarismo. Após controle para possíveis fatores de confusão, mostrou-se também positiva a associação entre o sedentarismo e a presença de transtornos psiquiátricos menores e relação inversa, fator de proteção para os sexualmente ativos 0,84 (IC 95% 0,71-0,99). CONCLUSÕES: Ser do sexo feminino, pertencer à classe social baixa, ter uma baixa escolaridade e ser filho de mãe com baixa escolaridade são fatores associados ao sedentarismo.

Publicado

2004-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Oehlschlaeger, M. H. K., Pinheiro, R. T., Horta, B., Gelatti, C., & San'Tana, P. (2004). Prevalência e fatores associados ao sedentarismo em adolescentes de área urbana . Revista De Saúde Pública, 38(2), 157-163. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000200002