Conhecimento dos farmacêuticos sobre legislação sanitária e regulamentação da profissão

Autores

  • Luci Rodrigues da Silva Secretaria de Saúde do Município de Ribeirão Preto
  • Elisabeth Meloni Vieira Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Medicina Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000300014

Palavras-chave:

Farmacêuticos, Legislação farmacêutica, Serviços farmacêuticos, Conhecimentos, atitudes e prática, Legislação sanitária, Educação em farmácia

Resumo

OBJETIVO: Caracterizar o perfil dos farmacêuticos responsáveis técnicos em drogarias e avaliar o conhecimento sobre alguns aspectos da legislação que rege o funcionamento de drogarias e da profissão. MÉTODOS: Com base em 175 drogarias de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, foram selecionados, por meio de sorteio aleatório, 100 farmacêuticos responsáveis técnicos. A coleta de dados foi feita por meio de entrevista face a face, orientada por um questionário que avaliava conhecimentos e atitudes. O dados foram processados e analisados utilizando-se Epi Info e Stata e houve busca de associações entre variáveis dependentes e independentes, usando o teste do qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher. RESULTADOS: A maioria dos farmacêuticos eram mulheres (64%), entre 22 e 29 anos (47%), formadas há cerca de três anos, com habilitação na área industrial (36%) ou em análises clínicas (29%). O conhecimento dos farmacêuticos sobre a legislação sanitária foi avaliado como insuficiente para 28% deles, regular para 50% e bom para 22%. Observou-se baixo conhecimento sobre a exigência legal da permanência de farmacêuticos nas drogarias durante todo o horário de funcionamento, suas atribuições, venda de antibióticos e aplicação de penicilina. Constatou-se que a maioria tem dificuldades com a conceituação de medicamentos genéricos e similares. O baixo nível de conhecimento não se associou com nenhuma variável independente, mostrando que está generalizado, ou seja, presente entre farmacêuticos de várias faixas etárias, de ambos os sexos, independente do tempo de formado e instituição formadora, modalidade de formação entre outros. CONCLUSÕES: Concluiu-se que a formação na área de atenção farmacêutica de medicamentos, durante a graduação e, sobretudo, o estágio em farmácia e drogaria está deficiente. Faz-se necessária a divulgação de informações sobre a legislação sanitária para o pleno exercício da profissão, sem ameaças penais ou prejuízo da população.

Publicado

2004-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, L. R. da, & Vieira, E. M. (2004). Conhecimento dos farmacêuticos sobre legislação sanitária e regulamentação da profissão . Revista De Saúde Pública, 38(3), 429-437. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000300014