Avaliação da estrutura organizacional da assistência ambulatorial em HIV/Aids no Brasil

Autores

  • Regina Melchior Universidade Estadual de Londrina; Departamento de Saúde Coletiva
  • Maria Ines Battistella Nemes Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Cáritas Relva Basso Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Elen Rose Lodeiro Castanheira Universidade Estadual Paulista; Departamento de Saúde Pública
  • Maria Teresa Soares de Britto e Alves Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Saúde Pública
  • Cássia Maria Buchalla USP; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Angela Aparecida Donini Ministério da Saúde; Programa Nacional de DST/Aids

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000100022

Palavras-chave:

Avaliação de programas de saúde^i1^sA, Tratamento^i1^squimioterapia ou agentes anti-, Tratamento^i1^sprovisão & distribui, Qualidade dos cuidados em saúde

Resumo

OBJETIVO: No contexto de acesso universal à terapia antiretroviral, os resultados do Programa de Aids dependem da qualidade do cuidado prestado. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade do cuidado dos serviços ambulatoriais que assistem pacientes de Aids. MÉTODOS: Estudo realizado em sete Estados brasileiros, em 2001 e 2002. Foi avaliada a qualidade do atendimento a pacientes com Aids quanto à disponibilidade de recursos e a organização do trabalho de assistência. Um questionário com 112 questões estruturadas abordando esses aspectos, foi enviado a 336 serviços. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 95,8% (322). Os indicadores de disponibilidade de recursos mostram uma adequação maior do que os indicadores de organização do trabalho. Não faltam antiretrovirais em 95,5% dos serviços, os exames de CD4 e Carga Viral estão disponíveis em quantidade adequada em 59 e 41% dos serviços, respectivamente. Em 90,4% dos serviços há pelo menos um profissional não médico (psicólogo, enfermeiro ou assistente social). Quanto à organização, 80% não agendavam consulta médica com hora marcada; 40,4% agendavam mais que 10 consultas médicas por período; 17% não possuíam gerentes exclusivos na assistência e 68,6% não realizavam reuniões sistemáticas de trabalho com a equipe. CONCLUSÕES: Os resultados apontam que além de garantir a distribuição mais homogênea de recursos, o programa precisa investir no treinamento e disseminação do manejo do cuidado, conforme evidenciado nos resultados da organização de trabalho.

Publicado

2006-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Melchior, R., Nemes, M. I. B., Basso, C. R., Castanheira, E. R. L., Britto e Alves, M. T. S. de, Buchalla, C. M., & Donini, A. A. (2006). Avaliação da estrutura organizacional da assistência ambulatorial em HIV/Aids no Brasil . Revista De Saúde Pública, 40(1), 143-151. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000100022