Versão em português da Family Environment Scale: aplicação e validação

Autores

  • Vânia P T Vianna Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Psicobiologia; Unidade de Dependência de Drogas
  • Eroy Aparecida da Silva Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Psicobiologia; Unidade de Dependência de Drogas
  • Maria Lucia O Souza-Formigoni Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Psicobiologia; Unidade de Dependência de Drogas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000300014

Palavras-chave:

Família, Relações familiares, Fatores socioeconômicos, Escalas de Graduação Psiquiátrica, Tradução^i1^sProd, Questionários, Reprodutibilidade dos testes

Resumo

OBJETIVO: Traduzir a Escala do Ambiente Familiar (Family Environment Scale) para a língua portuguesa e aplicar o instrumento para sua validação. MÉTODOS: A tradução foi aplicada a membros de famílias brasileiras, visando avaliação da consistência interna e a concordância entre membros da mesma família. Foram selecionados 154 voluntários não sujeitos a qualquer intervenção para lidar com problemas familiares, residentes na cidade de São Paulo, em 2003. As pontuações médias nas dez subescalas do instrumento foram comparadas entre homens e mulheres e entre membros da mesma família. Avaliou-se a consistência interna pelo alfa de Cronbach. RESULTADOS: A pontuação máxima possível era nove em cada subescala (bom funcionamento familiar), exceto em relação a conflito e controle. Na maioria das subescalas, a pontuação média da amostra estudada esteve entre 5,1 e 7,6 (homens) e entre 5,4 e 7,7 (mulheres). Nas subescalas conflito e controle as médias variaram entre 1,8 e 4,6 (homens) e entre 1,6 e 4,6 (mulheres), sendo semelhantes às relatadas em estudos internacionais, exceto maior pontuação nas subescalas coesão e organização, e menor na subescala conflito. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as pontuações atingidas por homens e mulheres. A confiabilidade da escala avaliada pelo alfa de Cronbach variou entre 0,61 e 0,78 para as dez subescalas. CONCLUSÕES: Fatores culturais podem ter influenciado os resultados obtidos em algumas subescalas. A versão em português da Escala do Ambiente Familiar apresentou razoável consistência interna que permite sua utilização para avaliar alterações no ambiente ou funcionamento familiar, e após intervenções terapêuticas.

Publicado

2007-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Vianna, V. P. T., Silva, E. A. da, & Souza-Formigoni, M. L. O. (2007). Versão em português da Family Environment Scale: aplicação e validação . Revista De Saúde Pública, 41(3), 419-426. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000300014