Saúde persecutória

Autores

  • Luis David Castiel Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde
  • Carlos Álvarez-Dardet Universidad de Alicante; Departamento Enfermería Comunitaria

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000029

Palavras-chave:

Filosofia, Promoção da saúde, Responsabilidade social, Responsabilidade legal, Responsabilidade civil

Resumo

Propõe-se uma abordagem crítica sob a perspectiva da filosofia social para analisar aspectos dos sistemas vigentes de produção de conhecimento e tecnologia em promoção da saúde; suas capacidades em gerar perplexidades, dilemas e insatisfações, apesar de sua potência e efetividade em outros níveis. A abordagem adota a noção de "iatrogenia social" de Ivan Illich, "salutismo coercitivo" de Peter Skrabanek, e a abordagem teórica de Giorgio Agamben acerca do "homo sacer" _ um homem cuja vida não tem valor. A discussão aborda os limites e os dilemas da utilização da manutenção da idéia de responsabilidade individual em termos de sua aplicação como técnica de persuasão nos discursos e práticas da promoção da saúde que, com suas propostas, produzem a "saúde persecutória" como efeito colateral.

Publicado

2007-06-01

Edição

Seção

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Como Citar

Castiel, L. D., & Álvarez-Dardet, C. (2007). Saúde persecutória . Revista De Saúde Pública, 41(3), 461-466. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000029