Tradução, adaptação e validação de construto do Teste do Relógio aplicado entre idosos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000500020Palavras-chave:
Idoso, Demência^i1^sdiagnóst, Testes Neuropsicológicos, Tradução (Produto), Estudos de ValidaçãoResumo
OBJETIVO: Poucos estudos no Brasil investigaram a validação de testes cognitivos em amostras populacionais de idosos e nenhum deles analisou as propriedades psicométricas do Teste do Relógio de Tuokko. O objetivo do estudo foi traduzir e adaptar o modelo desse teste ao contexto brasileiro e avaliar sua validade de construto. MÉTODOS: Estudo transversal com uma amostra populacional constituída por 353 sujeitos de Juiz de Fora (MG), 2004-2005. Para avaliar as validades convergente e discriminante, utilizou-se a correlação de Pearson. Os subtestes do Teste do Relógio foram correlacionados com os instrumentos de referência: cubos e dígitos, e mini-exame do estado mental para avaliar a validade convergente. A validade discriminante foi investigada por meio da correlação dos subtestes com a Center for Epidemiologic Studies Depression Scale. RESULTADOS: Da amostra, 74,1% eram do sexo feminino, com idade entre 63 e 107 anos (73,8+8,5) e média de escolaridade foi 7,4 anos (DP=4,7). Obteve-se validade convergente, com correlações estatisticamente significativas entre todos os subtestes (p<0,01). Quanto à validade discriminante, o único subteste que teve correlação significativa com a escala de referência foi o "indicação das horas" (p<0,05). CONCLUSÕES: O Teste de Relógio traduzido e adaptado em uma amostra comunitária de idosos mostrou ser um instrumento de rastreio cognitivo breve, com boa validade de construto quando analisado com outros dados da literatura. Futuros trabalhos devem investigar outras propriedades psicométricas, como as validades de critério e de conteúdo.Downloads
Publicado
2008-10-01
Edição
Seção
Artigos Originais
Como Citar
Atalaia-Silva, K. C., & Lourenço, R. A. (2008). Tradução, adaptação e validação de construto do Teste do Relógio aplicado entre idosos no Brasil . Revista De Saúde Pública, 42(5), 930-937. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000500020