Índice de massa corporal para predizer hiperglicemia e alterações lipídicas em adolescentes brasileiros

Autores

  • Ana Carolina R Vieira Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Nutrição Josué de Castro; Programa de Pós-Graduação em Nutrição
  • Marlene M Alvarez Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Nutrição Josué de Castro; Programa de Pós-Graduação em Nutrição
  • Salim Kanaan Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Medicina
  • Rosely Sichieri Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social
  • Gloria V Veiga UFRJ; INJC; Departamento de Nutrição Social Aplicada

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000062

Palavras-chave:

Adolescente, Índice de Massa Corporal, Sensibilidade e Especificidade, Fatores de Risco, Hiperglicemia, Hiperlipidemias, Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos

Resumo

OBJETIVO: Determinar os melhores pontos de corte do índice de massa corporal (IMC) para identificar alterações no perfil lipêmico e glicêmico em adolescentes. MÉTODOS: Foram avaliados 577 adolescentes de 12 a 19 anos (210 meninos e 367 meninas) em uma amostra probabilística de estudantes de escolas estaduais da cidade de Niterói (RJ), em 2003. Foi utilizada a curva Receiver Operating Characteristic para identificar o melhor ponto de corte, ajustado para idade, para predizer valores elevados de colesterol total sérico (>150mg/dL), LDL-C (>100mg/dL), triglicérides (>100mg/dL), glicose plasmática (>100mg/dL) e baixos valores de HDL-C (<45mg/dL). Quatro referências foram utilizadas para verificar a sensibilidade e especificidade dos pontos de corte: uma nacional, uma internacional e duas americanas. RESULTADOS: As alterações metabólicas de maior prevalência (>50%) foram: colesterol total elevado e HDL-C baixa. O IMC foi capaz de predizer valores elevados de triglicérides nos meninos, LDL-C nas meninas e colesterol total e presença de três ou mais alterações metabólicas em ambos os sexos (área sob a curva - 0,59 a 0,67), embora com baixa sensibilidade (57% a 66%) e especificidade (58% a 66%). Os melhores pontos de corte na amostra estudada (20,3 kg/m² a 21,0 kg/m²) foram inferiores aos propostos pelas outras referências. CONCLUSÕES: Embora valores de IMC menores do que os das referências internacionais tenham sido preditores de algumas alterações metabólicas em adolescentes brasileiros, o IMC não foi um bom índice para identificar estas anormalidades na amostra estudada.

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Publicado

2009-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Vieira, A. C. R., Alvarez, M. M., Kanaan, S., Sichieri, R., & Veiga, G. V. (2009). Índice de massa corporal para predizer hiperglicemia e alterações lipídicas em adolescentes brasileiros . Revista De Saúde Pública, 43(1), 44-52. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000062