Grupoterapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual

Autores

  • Luísa Fernanda Habigzang Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Fernanda Helena Stroeher Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Roberta Hatzenberger Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia
  • Rafaela Cassol Cunha Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Michele da Silva Ramos Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Sílvia Helena Koller Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000800011

Palavras-chave:

Criança, Adolescente, Psicologia do Adolescente, Maus-Tratos Sexuais Infantis, Terapia Cognitiva, Psicoterapia de Grupo

Resumo

OBJETIVO: Avaliar os efeitos do modelo de grupoterapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes do sexo feminino vítimas de abuso sexual. MÉTODOS: Foi utilizado delineamento não-randomizado intragrupos de séries temporais. Crianças e adolescentes do sexo feminino com idade entre nove e 16 anos (N=40) da região metropolitana de Porto Alegre (RS), foram clinicamente avaliadas em três encontros individuais, de 2006 a 2008. A grupoterapia consistiu de 16 sessões semi-estruturadas. Instrumentos psicológicos investigaram sintomas de ansiedade, depressão, transtorno do estresse pós-traumático, stress infantil e crenças e percepções da criança em relação à experiência abusiva antes, durante e após a intervenção. Os resultados foram analisados por meio de testes estatísticos para medidas repetidas. Foi realizada uma análise comparativa dos resultados do pré-teste entre os grupos que receberam atendimento psicológico em grupo imediato após a denúncia do abuso e aquelas que aguardaram por atendimento. RESULTADOS: A análise do impacto da intervenção revelou que a grupoterapia cognitivo-comportamental reduziu significativamente sintomas de depressão, ansiedade, stress infantil e transtorno do estresse pós-traumático. Além disso, a intervenção contribuiu para a reestruturação de crenças de culpa, baixa confiança e credibilidade, sendo efetivo para a redução de sintomas psicológicos e alteração de crenças e percepções distorcidas sobre o abuso. CONCLUSÕES: A grupoterapia cognitivo-comportamental mostrou ser efetiva para a redução de sintomas psicológicos de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual.

Publicado

2009-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Habigzang, L. F., Stroeher, F. H., Hatzenberger, R., Cunha, R. C., Ramos, M. da S., & Koller, S. H. (2009). Grupoterapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual . Revista De Saúde Pública, 43(suppl.1), 70-78. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000800011