Tabagismo e escolaridade no Brasil, 2006

Autores

  • Gulnar Azevedo e Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Joaquim Gonçalves Valente Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Liz Maria de Almeida Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Erly Catarina de Moura Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Deborah Carvalho Malta Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000900007

Palavras-chave:

Tabagismo^i1^sepidemiolo, Escolaridade, Desigualdades em Saúde, Doença Crônica^i1^sprevenção & contr, Levantamentos Epidemiológicos, Brasil, Entrevista por telefone

Resumo

OBJETIVO: Analisar a prevalência de tabagismo e uso acumulado de cigarro na vida e fatores associados. MÉTODOS: Foram analisados dados referentes aos 54.369 indivíduos com idade >;18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Foram calculadas as prevalências de tabagismo estratificadas por escolaridade segundo sexo para as cidades de cada região e as razões de prevalência brutas e ajustadas por número de pessoas e de cômodos no domicílio. O consumo de cigarros na vida (maços-ano) foi analisado segundo escolaridade e sexo por região. RESULTADOS: No Brasil, a prevalência de tabagismo foi significativamente maior entre homens e mulheres com baixa escolaridade (até oito anos de estudo = 24,2% e nove ou mais = 15,5%). Esta diferença diminuiu com a idade ou se inverteu entre os mais idosos. Observou-se diminuição de risco de ser fumante para a população de maior escolaridade, independentemente do número de pessoas e de cômodos por domicílio. A prevalência de fumantes com consumo intenso de cigarros foi maior entre os de escolaridade mais baixa, principalmente entre mulheres da região Norte. A exceção foram os homens da região Sul, onde esse percentual foi maior entre aqueles com maior escolaridade. CONCLUSÕES: Confirmou-se haver maior concentração de fumantes na população de menor escolaridade, principalmente entre homens mais jovens. É necessário compreender melhor a dinâmica da epidemia de tabagismo para adequar medidas preventivas específicas para indivíduos conforme idade e estrato social.

Publicado

2009-11-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Silva, G. A. e, Valente, J. G., Almeida, L. M. de, Moura, E. C. de, & Malta, D. C. (2009). Tabagismo e escolaridade no Brasil, 2006 . Revista De Saúde Pública, 43(suppl.2), 48-56. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000900007