Auto-avaliação da saúde em adultos no Sul do Brasil

Autores

  • Marco Aurélio Peres Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Anelise Viapiana Masiero Universidade do Planalto Catarinense; Centro de Ciências da Saúde
  • Giana Zabarto Longo Universidade do Planalto Catarinense; Centro de Ciências da Saúde
  • Gino Chaves da Rocha Universidade do Planalto Catarinense; Centro de Ciências da Saúde
  • Izabella Barison Matos Universidade do Planalto Catarinense; Centro de Ciências da Saúde
  • Kathie Najnie Fundação Oswaldo Cruz
  • Maria Conceição de Oliveira Universidade do Planalto Catarinense; Centro de Ciências da Saúde
  • Marina Patrício de Arruda Universidade do Planalto Catarinense; Centro de Ciências da Saúde
  • Karen Glazer Peres Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000500016

Palavras-chave:

Adulto, Autoavaliação^i1^sPsicolo, Estilo de Vida, Pesos e Medidas Corporais, Fatores Socioeconômicos, Conhecimentos^i1^sAtitudes e Prática em Sa, Levantamentos Epidemiológicos

Resumo

OBJETIVO: Analisar fatores associados à auto-avaliação da saúde em adultos. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com amostra de 2.051 adultos de 20 a 59 anos de Lages, SC, em 2007. Foram aplicados questionários domiciliares para obter dados sobre auto-avaliação da saúde, condições socioeconômicas e demográficas, tabagismo, de estilo de vida e morbidades auto-referidas. Foram aferidos pressão arterial, peso, altura e circunferência abdominal. A análise multivariável foi realizada por regressão de Poisson, ajustada pelo efeito do delineamento amostral e estratificada por sexo. RESULTADOS: A prevalência de auto-avaliação da saúde positiva foi de 74,2% (IC 95%: 71,3;77,0), significativamente maior nos homens (82,3%, IC 95%: 79,3;85,0) do que nas mulheres (66,9%, IC 95%: 63,2;70,7). Homens mais pobres, menos escolarizados e mais velhos apresentaram maiores prevalências de auto-avaliação da saúde negativa. Após o ajuste, níveis pressóricos elevados e referir chiado no peito foram fortemente associados à auto-avaliação negativa entre os homens. A prevalência de auto-avaliação negativa foi maior em mulheres mais pobres, menos escolarizadas e mais velhas e dentre as que apresentaram obesidade abdominal. Níveis pressóricos elevados, diabetes, chiado no peito e sintomas de falta de ar permaneceram associados ao desfecho após o ajuste nas mulheres. O número de morbidades auto-referidas por homens e mulheres associou-se à auto-avaliação da saúde negativa. CONCLUSÕES: Os mais velhos, as mulheres, os mais pobres e menos escolarizados avaliam sua condição de saúde como regular ou ruim. Quanto maior o número de morbidades auto-referidas, maior a proporção de indivíduos com auto-avaliação de saúde negativa, sendo o efeito das morbidades maior entre as mulheres.

Publicado

2010-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Peres, M. A., Masiero, A. V., Longo, G. Z., Rocha, G. C. da, Matos, I. B., Najnie, K., Oliveira, M. C. de, Arruda, M. P. de, & Peres, K. G. (2010). Auto-avaliação da saúde em adultos no Sul do Brasil . Revista De Saúde Pública, 44(5), 901-911. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000500016