Óbitos evitáveis até 48 meses de idade entre as crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004

Autores

  • Luis Ramon Marques da Rocha Gorgot Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Iná Santos Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Neiva Valle Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Alicia Matisajevich Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Aluisio J D Barros Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Elaine Albernaz Universidade Católica de Pelotas; Faculdade de Medicina; Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000013

Palavras-chave:

Mortalidade Infantil, Mortalidade na Infância, Causas de Morte, Estudos de Coortes

Resumo

OBJETIVO: Descrever óbitos evitáveis de crianças pertencentes à Coorte de Pelotas, RS, de 2004. MÉTODOS: O óbito de 92 crianças entre 2004-2008 da Coorte de Pelotas 2004 foi identificado e classificado conforme a Lista de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde. Os Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM) municipal e estadual foram rastreados para localizar mortes ocorridas fora de Pelotas e as causas após o primeiro ano vida. O óbito de menores de um ano foi avaliado e comparado entre um subestudo e o SIM. Foram calculados coeficientes de mortalidade: 1.000 nascidos vivos (NV), mortalidade proporcional por causas evitáveis e conforme tipo de unidade básica de saúde (tradicional ou Estratégia Saúde da Família). RESULTADOS: O coeficiente de mortalidade foi de 22,2:1.000 NV, 82 óbitos ocorreram no primeiro ano de vida (19,4:1.000 NV), dos quais 37 (45%) na primeira semana. Mais de ¾ dos óbitos (70/92) eram evitáveis. No primeiro ano de vida, a maioria (42/82) das mortes seriam evitadas pela adequada atenção à mulher durante a gestação; de acordo com o SIM, a maioria (n = 32/82), pela adequada atenção ao recém-nascido. Não houve diferença entre o tipo de Unidade Básica de Saúde quanto à proporção de óbitos evitáveis. CONCLUSÕES: É alta a proporção de óbitos infantis que podem ser evitados. Para que os óbitos evitáveis possam ser utilizados como indicadores no monitoramento da qualidade da atenção à saúde materno-infantil, é necessário aprimorar a qualidade dos os registros das Declarações de Óbito.

Publicado

2011-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Gorgot, L. R. M. da R., Santos, I., Valle, N., Matisajevich, A., Barros, A. J. D., & Albernaz, E. (2011). Óbitos evitáveis até 48 meses de idade entre as crianças da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004 . Revista De Saúde Pública, 45(2), 334-342. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000013