Redução das internações por condições sensíveis à atenção primária no Brasil entre 1998-2009

Autores

  • Antonio Fernando Boing Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Rafael Baratto Vicenzi Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Flávio Magajewski Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Alexandra Crispim Boing Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Rodrigo Otávio Moretti-Pires Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Karen Glazer Peres Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Sheila Rubia Lindner Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Marco Aurélio Peres Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000011

Palavras-chave:

Hospitalização, tendências, Atenção Primária à Saúde, Avaliação de Resultado de Ações Preventivas, Avaliação de Serviços de Saúde

Resumo

OBJETIVO: Descrever a tendência de hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária entre 1998 e 2009 no Brasil. MÉTODOS: Estudo ecológico de séries temporais com dados secundários referentes às internações hospitalares por condições sensíveis à atenção primária no Sistema Único de Saúde. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações Hospitalares. As taxas de internações por 10.000 habitantes foram padronizadas por faixa etária e sexo, considerando a população brasileira masculina recenseada em 2000 como padrão. A análise de tendência da série histórica foi realizada por regressão linear generalizada pelo método de Prais-Winsten. RESULTADOS: Houve redução média anual de internações por condições sensíveis à atenção primária de 3,7% entre homens (IC95% -2,3;-5,1) e mulheres (IC95% -2,5;-5,6) entre 1998 e 2009. A tendência variou em cada unidade federativa, porém em nenhuma houve aumento das internações. No sexo masculino e feminino as maiores reduções foram observadas nas internações por úlceras gastrintestinais (-11,7% ao ano e -12,1%, respectivamente), condições evitáveis (-8,8% e -8,9%) e doenças das vias aéreas inferiores (-8,0% e -8,1%). Angina (homens), infecção no rim e trato urinário (homens e mulheres) e condições relacionadas ao pré-natal e parto (mulheres) apresentaram aumento nas internações. Os três grupos de doenças que mais ocasionaram internações foram gastrenterites infecciosas e complicações, internações por insuficiência cardíaca e asma. CONCLUSÕES: Houve redução substancial nas internações por condições sensíveis à atenção primária no Brasil entre 1998 e 2009, porém algumas doenças apresentaram estabilidade ou acréscimo, exigindo atenção do setor saúde.

Publicado

2012-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Boing, A. F., Vicenzi, R. B., Magajewski, F., Boing, A. C., Moretti-Pires, R. O., Peres, K. G., Lindner, S. R., & Peres, M. A. (2012). Redução das internações por condições sensíveis à atenção primária no Brasil entre 1998-2009 . Revista De Saúde Pública, 46(2), 359-366. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000011