Biologia do Triatoma brasiliensis: II. Observações sobre a autogenia

Autores

  • André Luiz Paranhos Perondini Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências; Departamento de Biologia
  • Maria José Costa Universidade Federal de Pernambuco; Instituto de Biociências; Departamento de Patologia
  • Vera Lúcia Ferreira Brasileiro Universidade Federal de Pernambuco; Instituto de Biociências; Departamento de Patologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101975000300009

Palavras-chave:

Triatoma brasiliensis, Autogenia

Resumo

Fêmeas virgens de Triatoma brasiliensis produzem ovos mesmo que não recebam alimento após a muda imaginal. Em geral, existe uma ampla variação no peso corpóreo das fêmeas, quando alcançam o estádio adulto. O peso do adulto é proporcional à quantidade de sangue ingerido no 5.º estádio e os animais mais pesados são aqueles que sobrevivem mais tempo em jejum. A produção total de ovos durante o jejum é proporcional ao peso corpóreo, aumentando em relação ao aumento de peso dos animais. A capacidade de oviposição, medida através de taxa diária de produção de ovos, é variável e também positivamente correlacionada com o peso dos animais. Variou, em nossa amostra, de 0,01 a 0,2 ovos/fêmea/dia para fêmeas cujos pesos variaram entre 150 e 290 mg, respectivamente. A capacidade média de oviposição foi de 0,14 ± 0,02 ovos/fêmea/dia. Esta variação de capacidade de oviposição em relação ao peso dos insetos, mostra que a produção de ovos durante o jejum depende do estado nutricional dos animais e, provavelmente, está correlacionado com o sangue ingerido durante o 5.º estádio.

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Publicado

1975-09-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Perondini, A. L. P., Costa, M. J., & Brasileiro, V. L. F. (1975). Biologia do Triatoma brasiliensis: II. Observações sobre a autogenia . Revista De Saúde Pública, 9(3), 363-370. https://doi.org/10.1590/S0034-89101975000300009