Antivirais incorporados no Brasil para hepatite B cronica: analise de custo-efetividade

Autores

  • Gustavo Laine Araujo de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmacia
  • Alessandra Maciel Almeida Faculdade de Ciencias Medicas de Minas Gerais; Departamento de Medicina Preventiva
  • Anderson Lourenco da Silva Secretaria de Estado de Saude; Superintendente de Assistencia Farmaceutica e Insumos Estrategicos
  • Cristina Mariano Ruas Brandao Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmacia; Departamento de Farmacia Social
  • Eli Iola Gurgel Andrade Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Mariangela Leal Cherchiglia Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Francisco de Assis Acurcio Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmacia; Departamento de Farmacia Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i4.76609

Resumo

OBJETIVO Avaliar o custo-efetividade de diferentes tratamentos medicamentosos para hepatite B crônica entre pacientes adultos. MÉTODOS Utilizando modelo de Markov, construiu-se coorte hipotética de 40 anos para pacientes HBeAg-positivo ou HBeAg-negativo. Foram comparados os usos de adefovir, entecavir, tenofovir e lamivudina (com terapia de resgate em caso de resistência viral) para tratamento de pacientes adultos com hepatite B crônica, virgens de tratamento, com elevados níveis de alanina aminotransferase, sem evidência de cirrose e sem coinfecção por HIV. Valores para custo e efeito foram obtidos da literatura. A medida do efeito foi expressa em anos de vida ganhos (AVG). Taxa de desconto de 5% foi aplicada. Análise de sensibilidade univariada foi conduzida para avaliar incertezas do modelo. RESULTADOS O tratamento inicial com entecavir ou tenofovir apresentou melhores resultados clínicos. As menores razões custo-efetividade foram de entecavir para pacientes HBeAg-positivo (R$ 4.010,84/AVG) e lamivudina para pacientes HBeAg-negativo (R$ 6.205,08/AVG). Para pacientes HBeAg-negativo, a razão custo-efetividade incremental de entecavir (R$ 14.101,05/AVG) está abaixo do limiar recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Análise de sensibilidade mostrou que variação nos custos dos medicamentos pode tornar tenofovir alternativa custo-efetiva tanto para pacientes HBeAg-positivo quanto para HBeAg-negativo. CONCLUSÕES Entecavir é alternativa recomendada para iniciar o tratamento de pacientes com hepatite B crônica no Brasil. Contudo, se houver redução no custo de tenofovir, esta pode se tornar alternativa mais custo-efetiva.

Publicado

2013-08-01

Edição

Seção

Prática de Saúde Pública

Como Citar

Oliveira, G. L. A. de, Almeida, A. M., Silva, A. L. da, Brandao, C. M. R., Andrade, E. I. G., Cherchiglia, M. L., & Acurcio, F. de A. (2013). Antivirais incorporados no Brasil para hepatite B cronica: analise de custo-efetividade. Revista De Saúde Pública, 47(4), 769-780. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i4.76609