Proposta de versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar

Autores

  • Leonardo Pozza dos Santos Universidade Federal de Pelotas
  • Ivana Loraine Lindemann Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Nutrição
  • Janaína Vieira dos Santos Motta Universidade Católica de Pelotas
  • Gicele Mintem Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Nutrição
  • Eliana Bender Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Nutrição
  • Denise Petrucci Gigante Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005195

Resumo

OBJETIVO : Propor versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Foram analisados dois estudos constituídos por amostra de 230 famílias de baixa renda, de Pelotas, RS, e de 15.575 mulheres com base nos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, de 2006. MÉTODOS : Foram utilizadas duas amostras para testar os resultados obtidos nas análises em dois cenários distintos. Um dos estudos foi composto por 230 famílias de baixa renda, de Pelotas, RS, e o outro, por 15.575 mulheres, cujos dados foram obtidos na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde de 2006. Foram testados dois modelos, o primeiro contendo sete questões e o segundo as cinco consideradas mais relevantes na análise de concordância. Os modelos foram comparados à Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, calculando-se os parâmetros de sensibilidade, especificidade e acurácia e o teste de concordância de kappa. RESULTADOS : Comparando as prevalências de insegurança alimentar entre a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e os dois modelos, as diferenças ficaram em torno de dois pontos percentuais. Na análise de sensibilidade, a versão curta de sete questões obteve 97,8% e 99,5% na amostra de Pelotas e da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, respectivamente, enquanto a especificidade foi de 100% em ambos os estudos. O modelo de cinco questões mostrou resultados semelhantes (sensibilidade de 95,7% e 99,5% na amostra de Pelotas e da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, respectivamente). A versão de sete questões apresentou teste de kappa de 97,0% e a versão de cinco questões, de 95,0%, na amostra de Pelotas. Já na amostra da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, os dois modelos apresentaram kappa de 99,0%. CONCLUSÕES : Sugere-se o modelo com cinco questões para ser utilizado como versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, visto que apresentou resultados semelhantes à escala original com menor número de questões. É necessário que essa versão seja aplicada em outras populações do Brasil, de forma a permitir adequada avaliação dos parâmetros de validade.

Publicado

2014-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Santos, L. P. dos, Lindemann, I. L., Motta, J. V. dos S., Mintem, G., Bender, E., & Gigante, D. P. (2014). Proposta de versão curta da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar . Revista De Saúde Pública, 48(5), 783-789. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005195