Óbitos fetais no Brasil: revisão sistemática

Autores/as

  • Fernanda Morena dos Santos Barbeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
  • Sandra Costa Fonseca Universidade Federal Fluminense; Instituto de Saúde Coletiva; Departamento de Epidemiologia e Bioestatística
  • Mariana Girão Tauffer Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Medicina
  • Mariana de Souza Santos Ferreira Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Medicina
  • Fagner Paulo da Silva Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Medicina
  • Patrícia Mendonça Ventura Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Medicina
  • Jesirée Iglesias Quadros Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005568

Resumen

OBJETIVO Analisar frequência e fatores associados ao óbito fetal na literatura científica brasileira. MÉTODOS Revisão sistemática de estudos brasileiros sobre óbito fetal publicados entre 2003 e 2013. Foram analisados 27 artigos originais em três diferentes abordagens: quatro sobre qualidade da informação; 12 estudos descritivos e 11 sobre fatores associados aos óbitos fetais. Foram consultadas as bases de dados PubMed e Lilacs, com extração de dados e síntese realizada por dois ou mais pesquisadores, de forma independente. RESULTADOS A qualidade de preenchimento da declaração de óbito fetal mostrou-se ainda deficiente, tanto na completitude de variáveis, principalmente sociodemográficas, como na definição de causa básica. A mortalidade fetal apresentou queda no Brasil, mas persistiram desigualdades. As causas do óbito, quando adequadamente investigadas, indicaram morbidades maternas passíveis de prevenção e tratamento. Os principais fatores associados ao óbito fetal foram pré-natal inadequado ou ausente, baixa escolaridade, morbidades maternas e história reprodutiva desfavorável. CONCLUSÕES O pré-natal deve priorizar mulheres mais vulneráveis, socialmente ou em relação à história reprodutiva e morbidades, para diminuir a taxa de mortalidade fetal no Brasil. É necessária a qualificação do preenchimento da declaração de óbito e investimento nos comitês de investigação de óbito fetal e infantil.

Publicado

2015-01-01

Número

Sección

Review

Cómo citar

Barbeiro, F. M. dos S., Fonseca, S. C., Tauffer, M. G., Ferreira, M. de S. S., Silva, F. P. da, Ventura, P. M., & Quadros, J. I. (2015). Óbitos fetais no Brasil: revisão sistemática. Revista De Saúde Pública, 49, 1-15. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005568