Tratamento de depressão no idoso além do cloridrato de fluoxetina

Autores/as

  • Gabriela Arantes Wagner Universidade Federal de São Paulo; Departamento de Medicina Preventiva; Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005835

Resumen

Esse comentário tem como objetivo discutir a importância da multidisciplinariedade do tratamento da depressão do idoso no Brasil. O abuso de prescrições de antidepressivos inibidores seletivos da receptação de serotonina, como o cloridrato de fluoxetina, já tem sido apontado como grave problema de saúde pública, especialmente entre idosos. Embora seja consenso a necessidade de multidisciplinariedade no tratamento da depressão nessa população, o Brasil ainda encontra-se despreparado. A interface entre farmacoterapia e psicoterapia encontra-se prejudicada por falta de serviços, de profissionais especializados e de planejamento assistencial efetivo. A fluoxetina tornou-se uma “muleta” para a cura de males causados pelas adversidades psicossociais, falta de suporte social e de acesso a serviços de saúde adequados para o tratamento desse transtorno em idosos. É condição sine qua non haver preparo para a inversão das pirâmides etárias, o que parece não acontecer atualmente.

Publicado

2015-01-01

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Wagner, G. A. (2015). Tratamento de depressão no idoso além do cloridrato de fluoxetina. Revista De Saúde Pública, 49, 1-4. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005835