Utilização de medicamentos genéricos na população brasileira: uma avaliação da PNAUM 2014

Autores/as

  • Andréa Dâmaso Bertoldi Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social
  • Paulo Sergio Dourado Arrais Universidade Federal do Ceará; Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem; Departamento de Farmácia
  • Noemia Urruth Leão Tavares Universidade de Brasília; Faculdade de Ciências da Saúde; Departamento de Farmácia
  • Luiz Roberto Ramos Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Vera Lucia Luiza Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca; Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica
  • Sotero Serrate Mengue Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina
  • Tatiane da Silva Dal-Pizzol Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Farmácia; Departamento de Produção e Controle de Medicamentos
  • Mareni Rocha Farias Universidade Federal de Santa Catarina; Centro de Ciências da Saúde; Departamento de Ciências Farmacêuticas
  • Maria Auxiliadora Oliveira Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca; Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050006120

Resumen

OBJETIVO Analisar se há diferença no uso de medicamentos genéricos no Brasil segundo variáveis demográficas, socioeconômicas e fontes de obtenção dos medicamentos. MÉTODOS Estudo transversal de base populacional, conduzido com dados da Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), com coleta de dados entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em residências de municípios brasileiros urbanos. O uso dos medicamentos foi investigado em relação ao tratamento de doenças crônicas e, no caso de eventos agudos, quanto ao uso nos últimos 15 dias. Os genéricos foram identificados por visualização das embalagens apresentadas pelos usuários dos medicamentos. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, escolaridade, classe econômica e região do País. A avaliação da significância estatística das diferenças entre os grupos foi analisada pelo teste Qui-quadrado de Pearson, considerando nível de significância de 5%. RESULTADOS A prevalência de uso de genéricos foi de 45,5% (IC95% 43,7–47,3). Não houve diferença por escolaridade, as prevalências foram maiores no sexo feminino (47,0%; IC95% 44,9–49,0) em relação ao masculino (43,1%; IC95% 40,5–45,8) e foram crescentes com o aumento da idade. Maiores usos de genéricos foram encontrados na classe econômica C (47,0%; IC95% 44,9–49,1) e nas regiões Sul (50,6%; IC95% 46,6-54,6) e Sudeste (49,9%; IC95% 46,8–53,0). Observou-se ainda que os genéricos representaram 37,3% dos medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde . CONCLUSÕES Pode-se concluir que hoje existe uma alternativa de compra ou fornecimento gratuito pelo Sistema Único de Saúde, caracterizada por garantia de qualidade e preço reduzido em relação aos medicamentos de marca comercial considerados como referência. No mercado privado, boa parte da população está optando pelo uso de medicamentos genéricos, graças à disponibilidade dessa opção para praticamente todos os medicamentos mais utilizados pela população.

Publicado

2016-01-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Bertoldi, A. D., Arrais, P. S. D., Tavares, N. U. L., Ramos, L. R., Luiza, V. L., Mengue, S. S., Dal-Pizzol, T. da S., Farias, M. R., & Oliveira, M. A. (2016). Utilização de medicamentos genéricos na população brasileira: uma avaliação da PNAUM 2014 . Revista De Saúde Pública, 50(supl2), 11s. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050006120