Investimentos e custos da atenção à saúde bucal na Saúde da Família

Autores/as

  • Márcia Stefânia Ribeiro Macêdo Secretaria Municipal de Saúde de Salvador
  • Sônia Cristina Lima Chaves Universidade Federal da Bahia; Instituto de Saúde Coletiva
  • Antônio Luis de Carvalho Fernandes Universidade Federal da Bahia; Instituto de Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050005771

Resumen

OBJETIVO Estimar os investimentos para implantação e os custos operacionais de uma Equipe de Saúde Bucal modalidade tipo I na Estratégia Saúde da Família. MÉTODOS Estudo de avaliação econômica, tipo análise de investimentos e custos operacionais de uma equipe de saúde bucal no município de Salvador, Bahia, Brasil. O cálculo dos investimentos para implantação foi obtido pela soma dos investimentos em obras civis e instalações em rateio, equipamentos, móveis e instrumentais. Para os custos operacionais, foi analisada a série histórica de 2009 a 2012 e adotou-se o mês de dezembro de 2012 para levantamento dos valores monetários vigentes. Os custos foram classificados em custos diretos variáveis (materiais de consumo) e custos fixos diretos (salários, manutenção, depreciação do capital fixo dos equipamentos, instrumentais, móveis e edificações), além dos custos fixos indiretos (higienização, segurança, energia e água). Foi também calculada a participação do Ministério da Saúde no financiamento e descritos os fatores que influenciam o comportamento dos custos. RESULTADOS O investimento para implantação de uma Equipe de Saúde Bucal modalidade tipo I foi de R$29.864,00. Os custos operacionais de uma Equipe de Saúde Bucal modalidade tipo I situaram-se em torno de R$95.434,00 por ano. Os incentivos financeiros do Ministério da Saúde para investimentos cobriram 41,8% dos investimentos com implantação, enquanto o município participou com 59,2% do total. Para os custos operacionais, a participação do Ministério da Saúde foi de 33,1%, enquanto o município participou com 66,9%. Dentro dos custos operacionais, o elemento de maior peso foram os salários, representando 84,7%. CONCLUSÕES Problemas com a regularidade no abastecimento dos insumos e manutenção de equipamentos influenciam sobremaneira na composição dos custos, além de reduzir a oferta de serviços à população-alvo, resultando em provável ineficiência do serviço. Sugere-se o cofinanciamento estadual, especialmente para cobrir o custo operacional da equipe.

Publicado

2016-01-01

Número

Sección

Prática de Saúde Pública

Cómo citar

Macêdo, M. S. R., Chaves, S. C. L., & Fernandes, A. L. de C. (2016). Investimentos e custos da atenção à saúde bucal na Saúde da Família . Revista De Saúde Pública, 50, 41. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2016050005771