Rastreamento de fragilidade em idosos por instrumento autorreferido

Autores

  • Daniella Pires Nunes Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem
  • Yeda Aparecida de Oliveira Duarte Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem; Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica
  • Jair Lício Ferreira Santos Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social
  • Maria Lúcia Lebrão Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005516

Palavras-chave:

Idoso, Idoso Fragilizado, Aptidão Física, Atividade Motora, Autoavaliação Diagnóstica, Questionários, utilização, Estudos de Validação

Resumo

OBJETIVO Validar instrumento de rastreamento por avaliação autorreferida da síndrome de fragilidade entre idosos.MÉTODOS Estudo transversal com dados do estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento, realizado em São Paulo, SP. A amostra probabilística foi constituída por 433 idosos (idade ≥ 75 anos) avaliados em 2009. O instrumento autorreferido utilizado pode ser aplicado a idosos ou proxi-informantes e foi composto por questões dicotômicas relacionadas diretamente a cada componente do fenótipo de fragilidade considerado padrão-ouro: perda de peso não intencional, fadiga, baixa atividade física, redução de força e de velocidade de marcha. Manteve-se a classificação proposta no fenótipo: não frágil (nenhum componente identificado); pré-frágil (presença de um ou dois componentes) e frágil (presença de três ou mais componentes). Por tratar-se de instrumento de rastreamento, incluiu-se a categoria processo de fragilização (pré-frágil e frágil). Utilizou-se o coeficiente α de Cronbach na análise psicométrica para avaliar confiabilidade e validade de critério, sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo. Para verificar a adequação do número de componentes propostos, utilizou-se a análise fatorial.RESULTADOS Os componentes “redução de velocidade de caminhada” e “redução de força” apresentaram boa consistência interna (α = 0,77 e α = 0,72, respectivamente) e a “baixa atividade física” (α = 0,63) foi um pouco menos satisfatória. A sensibilidade e a especificidade para identificação dos pré-frágeis foram de 89,7% e 24,3% e dos frágeis, 63,2% e 71,6%, respectivamente. A categoria “processo de fragilização” identificou, igualmente, 89,7% das pessoas em ambas as avaliações.CONCLUSÕES O instrumento de avaliação de fragilidade autorreferida é capaz de identificar a síndrome entre as pessoas idosas, podendo ser utilizado como instrumento de rastreamento, tendo como vantagens ser simples, rápido, de baixo custo e aplicável por diferentes profissionais.

Publicado

2015-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Nunes, D. P., Duarte, Y. A. de O., Santos, J. L. F., & Lebrão, M. L. (2015). Rastreamento de fragilidade em idosos por instrumento autorreferido. Revista De Saúde Pública, 49, 2. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005516