Associação entre capital social e autopercepção de saúde em adultos brasileiros

Autores/as

  • Mathias Roberto Loch Universidade Estadual de Londrina; Centro de Educação Física e Esporte; Departamento de Educação Física
  • Regina Kazue Tanno de Souza Universidade Estadual de Londrina; Centro de Ciências da Saúde
  • Arthur Eumann Mesas Universidade Estadual de Londrina; Centro de Ciências da Saúde
  • Alberto Durán González Universidade Estadual de Londrina; Centro de Ciências da Saúde
  • Fernando Rodriguez-Artalejo Universidad Autónoma de Madrid; Departamento de Medicina Preventiva y Salud Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005116

Palabras clave:

Saúde do Adulto, Autoavaliação, Apoio Social, Relações Interpessoais, Participação Social, Estilo de Vida, Comportamentos Saudáveis, Estudos Transversais

Resumen

OBJETIVO Analisar a associação entre indicadores de capital social e autopercepção de saúde com base em comportamentos relacionados à saúde como possíveis mediadores dessa relação.MÉTODOS Realizou-se estudo transversal com 1.081 sujeitos, representativos da população de 40 anos ou mais de município da região Sul do Brasil. Os sujeitos que percebiam sua saúde como regular, ruim ou muito ruim foram considerados com autopercepção negativa. Os indicadores de capital social foram: número de amigos; pessoas que emprestariam dinheiro em caso de necessidade; confiança nas pessoas do bairro; frequência de ajuda entre as pessoas do bairro; segurança no bairro; e participação comunitária. Os comportamentos investigados foram prática de atividade física no lazer, consumo de frutas e verduras, tabagismo e consumo abusivo de álcool. A razão de odds (OR) e seus intervalos de confiança (IC) 95% foram calculados por regressão logística binária, em diferentes modelos. A significância da mediação foi verificada pelo teste de Sobel.RESULTADOS Na análise ajustada pelas variáveis demográficas e clínicas, maior autopercepção negativa de saúde foi apresentada por pessoas com menor número de amigos (OR = 1,39; IC95% 1,08;1,80), que percebiam menor frequência de ajuda entre as pessoas no bairro (OR = 1,30; IC95% 1,01;1,68), que consideravam o bairro violento (OR = 1,33; IC95% 1,01;1,74) e que não haviam participado de atividade comunitária (OR = 1,39; IC95% 1,07;1,80). A atividade física no lazer foi um mediador significativo na relação entre todos os indicadores de capital social, e a autopercepção de saúde. O consumo de frutas e verduras foi um mediador significativo da relação entre a participação comunitária e a autopercepção de saúde. Tabagismo e consumo abusivo de álcool não mediaram nenhuma relação.CONCLUSÕES O estilo de vida parece explicar parcialmente a relação entre capital social e autopercepção de saúde. Dos comportamentos investigados, a atividade física no lazer parece ter papel mais importante como mediador dessa relação.

Publicado

2015-01-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Loch, M. R., Souza, R. K. T. de, Mesas, A. E., González, A. D., & Rodriguez-Artalejo, F. (2015). Associação entre capital social e autopercepção de saúde em adultos brasileiros. Revista De Saúde Pública, 49, 53. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005116