Religiosidade e qualidade de vida relacionada à saúde do idoso

Autores/as

  • Gina Andrade Abdala Centro Universitário Adventista de São Paulo
  • Miako Kimura Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem
  • Yeda Aparecida de Oliveira Duarte Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem
  • Maria Lúcia Lebrão Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Bernardo dos Santos Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005416

Palabras clave:

Idoso, Nível de Saúde, Religião e Psicologia, Espiritualidade, Relações Interpessoais, Qualidade de Vida, Fatores Socioeconômicos, Inquéritos Epidemiológicos

Resumen

OBJETIVO : Analisar se a religiosidade exerce efeito mediador na relação entre fatores sociodemográficos, multimorbidade e qualidade de vida relacionada à saúde em idosos.MÉTODOS : Este estudo transversal, de base populacional, é parte do estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE). A amostra foi composta por 911 idosos da cidade de São Paulo, residentes na comunidade. A modelagem de equações estruturais foi realizada para verificar o efeito mediador da religiosidade na relação entre variáveis selecionadas e a qualidade de vida relacionada à saúde dos idosos, com modelos para homens e mulheres. As variáveis independentes foram: idade, escolaridade, funcionalidade familiar e multimorbidade. A variável de desfecho foi a qualidade de vida relacionada à saúde, medida pelo SF-12 (componentes físico e mental). As variáveis mediadoras foram a religiosidade organizacional, a não organizacional e a intrínseca. Os coeficientes alfa de Cronbach foram: componente físico = 0,85; componente mental = 0,80; religiosidade intrínseca = 0,89 e Apgar familiar = 0,91.RESULTADOS : Maiores níveis de religiosidade organizacional e intrínseca estiveram associados a melhor componente físico e mental para os idosos. Maior escolaridade, melhor funcionalidade familiar e menor número de doenças contribuíram diretamente para melhor desempenho nos componentes físico e mental, independente da religiosidade. Para as mulheres, a religiosidade organizacional mediou a relação entre a idade e os componentes físico (β = 2,401; p < 0,01) e mental (β = 1,663; p < 0,01). Para os homens, a religiosidade intrínseca mediou a relação entre a escolaridade e o componente mental (β = 7,158; p < 0,01).CONCLUSÕES : A religiosidade organizacional e intrínseca exercem efeito benéfico sobre a relação entre idade, escolaridade e a qualidade de vida relacionada à saúde desses idosos.

Publicado

2015-01-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Abdala, G. A., Kimura, M., Duarte, Y. A. de O., Lebrão, M. L., & Santos, B. dos. (2015). Religiosidade e qualidade de vida relacionada à saúde do idoso. Revista De Saúde Pública, 49, 55. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005416