Padrão de consumo alimentar gestacional e peso ao nascer

Autores

  • Natália de Lima Pereira Coelho Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Diana Barbosa Cunha Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Instituto de Medicina Social; Departamento de Epidemiologia
  • Ana Paula Pereira Esteves Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Elisa Maria de Aquino Lacerda Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Nutrição Josué de Castro
  • Mariza Miranda Theme Filha Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005403

Palavras-chave:

Gestantes, Nutrição Pré-Natal, Terceiro Trimestre da Gravidez, Consumo de Alimentos, Peso ao Nascer

Resumo

OBJETIVO Analisar se padrões de consumo alimentar durante o terceiro trimestre gestacional estão associados ao peso ao nascer.MÉTODOS Estudo longitudinal realizado nos municípios de Petrópolis e Queimados, RJ, entre 2007 e 2008. Foram analisados dados da primeira e segunda onda de seguimento de uma coorte prospectiva. O consumo alimentar de 1.298 gestantes foi aferido por meio de questionário de frequência alimentar semiquantitativo. Os padrões alimentares foram obtidos por análise fatorial exploratória, utilizando o método de rotação Varimax. Aplicou-se modelo de regressão linear multivariado para estimar a associação entre padrões de consumo alimentar e peso ao nascer.RESULTADOS Foram identificados quatro padrões de consumo, que explicam 36,4% da variabilidade, compostos da seguinte forma: (1) padrão prudente, composto por leite, iogurte, queijo, frutas e suco natural, biscoito sem recheio e carne de frango/boi/peixe/fígado, que explica 14,9% do consumo; (2) padrão tradicional, composto por feijão, arroz, vegetais, pães, manteiga/margarina e açúcar, que explica 8,8% da variação do consumo; (3) padrão ocidental, composto por batata/aipim/inhame, macarrão, farinha/farofa/angu, pizza/hambúrguer/pastel, refrigerante/refresco e carne de porco/salsicha/linguiça/ovo, que explica 6,9% da variância; e (4) padrão lanche, composto por biscoito recheado, biscoitos tipo salgadinhos, chocolate e achocolatado, que explica 5,7% da variabilidade de consumo. O padrão alimentar lanche associou-se positivamente com o peso ao nascer (β = 56,64; p = 0,04) em gestantes adolescentes.CONCLUSÕES Para as gestantes adolescentes, quanto maior a adesão ao padrão alimentar lanche durante a gestação, maior o peso ao nascer do bebê.

Publicado

2015-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Coelho, N. de L. P., Cunha, D. B., Esteves, A. P. P., Lacerda, E. M. de A., & Theme Filha, M. M. (2015). Padrão de consumo alimentar gestacional e peso ao nascer. Revista De Saúde Pública, 49, 62. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005403