Associação entre sintomas depressivos e funcionamento social em cuidados primários à saúde

Autores/as

  • Marcelo Pio de Almeida Fleck Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Departamento de Psiquiatria e Medicina legal
  • Ana Flávia Barros da Silva Lima Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Departamento de Psiquiatria e Medicina legal
  • Sérgio Louzada Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Departamento de Psiquiatria e Medicina legal
  • Gustavo Schestasky Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Departamento de Psiquiatria e Medicina legal
  • Alexandre Henriques Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Medicina
  • Vivian Roxo Borges Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Suzi Camey Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Departamento de Matemática

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000400008

Palabras clave:

Depressão, Cuidados primários de saúde, Efeitos psicossociais da doença, Avaliação, Qualidade de vida, Saúde mental

Resumen

OBJETIVO: Os transtornos depressivos constituem um problema de saúde pública devido a sua alta prevalência e impacto psicossocial. Pacientes deprimidos são freqüentadores assíduos de serviços de atendimento primário, porém, muitas vezes, não são diagnosticados como tais. O objetivo do estudo é avaliar a associação entre sintomas depressivos e funcionamento social numa amostra de pacientes que procuraram um serviço de cuidados primários em uma capital brasileira. MÉTODOS: Foram avaliados 2.201 usuários de serviços de cuidados de saúde primários de Porto Alegre quanto à saúde física e emocional. Foi aplicado questionário em entrevista única, com duas questões genéricas de avaliação de qualidade de vida do World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Breve), mais itens do Medical Outcomes Study Short-Forms 12 (SF-12) e MHI 5 (MHI-5), do Centers for Epidemiologic Studies -- Depression (CES-D), além de outras questões referentes a busca de atendimento médico e faltas ao trabalho. Foram realizados testes de Kruska-Wallis e de comparações múltiplas de Tambane. RESULTADOS: Dos indivíduos estudados, 79,5% eram do sexo feminino, com média de idade de 40 anos. A intensidade da sintomatologia depressiva medida pelo CES-D foi de 20,2 para as mulheres e de 16,2 para os homens. Todos os parâmetros avaliados tiveram relação inversa com a intensidade dos sintomas depressivos. CONCLUSÕES: Os resultados reforçam a afirmativa de que a sintomatologia depressiva tem uma alta associação com pior funcionamento social e qualidade de vida e maior utilização de recursos de saúde em pacientes de cuidados primários.

Publicado

2002-08-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Fleck, M. P. de A., Lima, A. F. B. da S., Louzada, S., Schestasky, G., Henriques, A., Borges, V. R., & Camey, S. (2002). Associação entre sintomas depressivos e funcionamento social em cuidados primários à saúde . Revista De Saúde Pública, 36(4), 431-438. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000400008