Imunogenicidade das vacinas contra febre amarela WHO-17D e 17DD: ensaio randomizado

Autores/as

  • Luiz Antonio Bastos Camacho Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Marcos da Silva Freire Fundação Oswaldo Cruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Maria da Luz Fernandes Leal Fundação Oswaldo Cruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Savitri Gomes de Aguiar Fundação Oswaldo Cruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Jussara Pereira do Nascimento Fundação Oswaldo Cruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Takumi Iguchi Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • José de Azevedo Lozana Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Roberto Henrique Guedes Farias Instituto de Biologia do Exército

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000500009

Palabras clave:

Vacina contra febre amarela, Ensaios controlados aleatórios

Resumen

OBJETIVO: Comparar a imunogenicidade de três vacinas contra febre amarela ) das subcepas WHO-17D e 17DD brasileira (diferentes lotes-semente). MÉTODOS: Trata-se de ensaio de equivalência envolvendo 1.087 adultos no Rio de Janeiro, RJ. As vacinas foram produzidas em Bio-Manguinhos, Fiocruz (Rio de Janeiro, Brasil) e foram administradas seguindo procedimentos adaptados para randomização em blocos, com tipos de vacinas codificados ("duplo-cego"). Anticorpos neutralizantes contra febre amarela foram dosados antes e depois da vacinação. Definiu-se equivalência como diferença nas taxas de soroconversão não superior a cinco pontos percentuais, e razão de títulos médios geométricos superior (TMG) a 0,67. RESULTADOS: As taxas de soroconversão foram iguais ou maiores do que 98% nos participantes previamente soronegativos. Na coorte completa (incluindo os previamente soropositivos) a soroconversão foi igual ou superior a 90%. As diferenças na soroconversão variaram de -0,05% a -3,02% entre os grupos de comparação. A intensidade da resposta imune também foi semelhante nos grupos: 14,5 UI/mL a 18,6 UI/mL. As razões de TMG variaram de 0,78 a 0,93. Considerando o grupo placebo, as vacinas explicaram 93% da soroconversão. Viremia foi detectada entre os dias três e sete em 2,7% dos participantes vacinados. CONCLUSÕES: A equivalência na imunogenicidade das vacinas contra a febre amarela das subcepas 17D e 17DD foi demonstrada pela primeira vez em ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado com placebo. O estudo completou o processo de validação clínica do novo lote-semente de vacina, além de ampliar as bases para utilização da vacina brasileira em outros países e de trazer alternativas de subcepas para o produtor da vacina no Brasil.

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Publicado

2004-10-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Camacho, L. A. B., Freire, M. da S., Leal, M. da L. F., Aguiar, S. G. de, Nascimento, J. P. do, Iguchi, T., Lozana, J. de A., & Farias, R. H. G. (2004). Imunogenicidade das vacinas contra febre amarela WHO-17D e 17DD: ensaio randomizado . Revista De Saúde Pública, 38(5), 671-678. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000500009