Mortalidade infantil: comparação entre duas coortes de nascimentos do Sudeste e Nordeste do Brasil

Autores/as

  • Valdinar S Ribeiro Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Pediatria
  • Antônio A M Silva Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Saúde Pública
  • Marco A Barbieri Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria
  • Heloisa Bettiol Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria
  • Vânia M F Aragão Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Pediatria
  • Liberata C Coimbra UFMA; Departamento de Enfermagem
  • Maria T S S B Alves Universidade Federal do Maranhão; Departamento de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000600004

Palabras clave:

Mortalidade infantil, Coeficiente de mortalidade, Mortalidade neonatal^i2^ssaúde públ, Mortalidade pós-neonatal, Fatores socioeconômicos, Fatores de risco, Recém-nascido de baixo peso

Resumen

OBJETIVO: Obter estimativas populacionais e fatores de risco de mortalidade infantil em coortes de nascimentos e comparar esses fatores entre cidades de diferentes regiões do País. MÉTODOS: Em Ribeirão Preto, SP, a mortalidade infantil foi avaliada em 1/3 dos nascidos vivos hospitalares (2.846 partos únicos) em 1994. Em São Luís, MA, foi feita amostragem sistemática de partos estratificada por maternidade (2.443 partos únicos) em 1997/98. As mães responderam a questionários padronizados logo após o parto e as informações sobre os óbitos foram coletadas nos hospitais, nos cartórios e nas secretarias estaduais de saúde. Risco relativo (RR) e intervalo de confiança de 95% foram estimados pela regressão de Poisson. RESULTADOS: O coeficiente de mortalidade infantil (CMI) em São Luís foi 26,6/1.000 nascidos vivos, o coeficiente de mortalidade neonata (CMN)l 18,4/1.000 e o coeficiente de mortalidade pós-neonatal (CMPN) 8,2/1.000, valores superiores aos de Ribeirão Preto, com CMI 16,9/1.000, CMN 10,9/1.000,CMPN 6,0/1.000. Na análise ajustada, nas duas cidades, natimorto prévio (RR=3,67 vs 4,13) e idade materna <18 anos (RR=2,62 vs 2,59) foram fatores de risco para a mortalidade infantil. Apenas em São Luís, o pré-natal inadequado (RR=2,00) e o sexo masculino (RR=1,79) foram fatores de risco, e domicílios com 5 ou mais moradores foram fatores protetores (RR=0,53). Em Ribeirão Preto, o hábito materno de fumar foi associado à mortalidade infantil (RR=2,64). CONCLUSÕES: Além de desigualdades socioeconômicas, diferenças no acesso e na qualidade da atenção médica entre as cidades influenciaram as taxas de mortalidade infantil.

Descargas

Publicado

2004-12-01

Número

Sección

Artigos Originais

Cómo citar

Ribeiro, V. S., Silva, A. A. M., Barbieri, M. A., Bettiol, H., Aragão, V. M. F., Coimbra, L. C., & Alves, M. T. S. S. B. (2004). Mortalidade infantil: comparação entre duas coortes de nascimentos do Sudeste e Nordeste do Brasil . Revista De Saúde Pública, 38(6), 773-779. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000600004