Coorte de nascimentos de Pelotas, 2004: metodologia e descrição

Autores/as

  • Aluísio J D Barros Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
  • Iná da Silva dos Santos Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
  • Cesar G Victora Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
  • Elaine P Albernaz Universidade Católica de Pelotas; Faculdade de Medicina
  • Marlos R Domingues Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
  • Iândora K Timm Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
  • Alicia Matijasevich Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
  • Andréa D Bertoldi Universidade Federal de Pelotas; Programa de Pós-graduação em Epidemiologia
  • Fernando C Barros OMS; OPS; Centro Latino-americano de Perinatologia e Desenvolvimento Humano

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000300007

Palabras clave:

Estudo de coortes, Estudos longitudinais, Mortalidade infantil, Prematuro, Baixo peso ao nascer, Testes de hipótese, Desenvolvimento infantil

Resumen

OBJETIVO: Descrever uma coorte de nascimentos que teve início em 2004, para avaliar condições pré e perinatais dos recém-nascidos, morbi-mortalidade infantil, características e desfechos do início da vida e acesso, utilização e financiamento da atenção à saúde. MÉTODOS: Todas as crianças nascidas na zona urbana dos municípios de Pelotas e Capão do Leão (bairro Jardim América), no ano de 2004, foram identificadas e suas mães convidadas a fazer parte do estudo. No seu primeiro ano foram realizadas visitas às mães por ocasião do nascimento das crianças, aos três e aos 12 meses de idade. Nessas visitas um questionário foi aplicado às mães, com perguntas sobre saúde; hábitos de vida; utilização de serviços de saúde; situação socioeconômica; estimativa de idade gestacional; medidas antropométricas do recém-nascido (peso, comprimento, perímetros cefálico, torácico e abdominal); medidas antropométricas da mãe (peso e altura) e avaliação de desenvolvimento infantil. RESULTADOS: Do total de crianças elegíveis (4.558), mais de 99% foram recrutadas para o estudo logo após o nascimento. A taxa de seguimento foi de 96% aos três meses e de 94% aos 12 meses. Dentre os resultados iniciais destacaram-se: a taxa de mortalidade infantil de 19,7 por mil, sendo 66% dos óbitos infantis no período neonatal; freqüência de 15% de prematuros e 10% de baixo peso ao nascer; as cesarianas representaram 45% dos partos. CONCLUSÕES: A terceira coorte de nascimentos em Pelotas mostrou uma situação de estabilidade da mortalidade infantil nos últimos 11 anos, com predomínio da mortalidade neonatal, além de aumento da prematuridade e partos cesarianos.

Publicado

2006-06-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Barros, A. J. D., Santos, I. da S. dos, Victora, C. G., Albernaz, E. P., Domingues, M. R., Timm, I. K., Matijasevich, A., Bertoldi, A. D., & Barros, F. C. (2006). Coorte de nascimentos de Pelotas, 2004: metodologia e descrição . Revista De Saúde Pública, 40(3), 402-413. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000300007