Política de práticas integrativas em Recife: análise da participação dos atores

Autores

  • Francisco Assis da Silva Santos Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Islândia Maria Carvalho de Sousa Fiocruz; Departamento de Saúde Coletiva
  • Idê Gomes Dantas Gurgel Fiocruz; Departamento de Saúde Coletiva
  • Adriana Falangola Benjamin Bezerra Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Medicina Social
  • Nelson Filice de Barros Universidade Estadual de Campinas; Departamento de Medicina Preventiva e Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000600018

Palavras-chave:

Participação Comunitária, Políticas Públicas de Saúde, Conselhos de Saúde, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Pesquisa Qualitativa

Resumo

OBJETIVO: Analisar a participação dos atores envolvidos na evolução de política municipal de práticas integrativas. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo com abordagem qualitativa em Recife, PE. A coleta dos dados foi realizada por meio de consultas às atas do conselho municipal de saúde, entre 2004 e 2009, entrevistas com informantes-chave e gestores, e grupos focais com profissionais e usuários. Os dados foram analisados segundo o modelo de condensação de significados. Para apresentação dos resultados, quatro categorias de atores foram formadas, segundo seu poder e interesse, a saber: sujeitos, população, líderes e jogadores. RESULTADOS: Após cinco anos da implantação da política em Recife, só um serviço oferecia práticas integrativas. A população ou os usuários não tiveram participação efetiva e não contribuíram com a política; os profissionais de saúde, apesar do interesse em participar do processo, não foram incluídos. Os líderes encontrados foram o Conselho Municipal de Saúde, os gestores e as entidades médicas, sendo os dois últimos também considerados jogadores, pois participaram efetivamente da elaboração da política. CONCLUSÕES: A participação de poucos atores na construção de uma política de práticas integrativas dificulta sua consolidação e amplia a distância entre formulação e implementação, prejudicando o alcance dos resultados esperados.

Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Santos, F. A. da S., Sousa, I. M. C. de, Gurgel, I. G. D., Bezerra, A. F. B., & Barros, N. F. de. (2011). Política de práticas integrativas em Recife: análise da participação dos atores . Revista De Saúde Pública, 45(6), 1154-1159. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000600018