Não adesão em intervenções por telemedicina para usuários de drogas: revisão sistemática

Autores/as

  • Taís de Campos Moreira Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Luciana Signor Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Luciana Rizzieri Figueiró Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Simone Fernandes Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Cassandra Borges Bortolon Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Mariana Canellas Benchaya Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Maristela Ferigolo Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; Departamento de Ciências Básicas da Saúde
  • Helena MT Barros Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; Departamento de Ciências Básicas da Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005130

Resumen

OBJETIVO Estimar taxas de não adesão em intervenções com estratégias de telemedicina para tratamento de dependência química. MÉTODOS Foi realizada revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados com diferentes métodos terapêuticos de dependência química que incluíam telemedicina. Foram consultadas as bases de dados PubMed, PsycINFO, SciELO, Wiley (The Cochrane Library), Embase e Clinical Trials e a plataforma Google Scholar no período de 18/4/2012 a 21/6/2012. Para avaliar a qualidade dos estudos, utilizou-se a escala Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation . Os critérios avaliados foram: adequada sequência da geração de dados, ocultação da alocação, cegamento, descrição das perdas e exclusões e análises por intenção de tratar. Foram selecionados 274 estudos, dos quais 20 foram analisados. RESULTADOS As taxas de não adesão variaram entre 15,0% e 70,0%. As intervenções avaliadas possuíam no mínimo três meses de intervenção e, embora todos utilizassem a telemedicina como apoio, os métodos de tratamentos foram diferentes. Em relação à qualidade dos estudos, os valores também variaram entre muito baixa qualidade e alta qualidade. Os estudos com qualidade alta demonstraram maiores taxas de adesão, bem como aqueles que utilizaram mais de uma técnica de intervenção e tempo limitado de tratamento. Estudos com monousuários apontaram maiores taxas de adesão que estudos com poliusuários. CONCLUSÕES As taxas de não adesão a tratamentos para usuários de substâncias psicoativas por meio de telemedicina apresentaram consideráveis diferenças, dependendo do país, método da intervenção, tempo de seguimento e substâncias utilizadas. O uso de mais de uma técnica de intervenção, tempo curto de tratamento e o tipo de substância utilizada pelos pacientes parecem facilitar a adesão.

Publicado

2014-06-01

Número

Sección

Reviews

Cómo citar

Moreira, T. de C., Signor, L., Figueiró, L. R., Fernandes, S., Bortolon, C. B., Benchaya, M. C., Ferigolo, M., & Barros, H. M. (2014). Não adesão em intervenções por telemedicina para usuários de drogas: revisão sistemática . Revista De Saúde Pública, 48(3), 521-531. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005130